"Precisamos de um Estado que não pese tanto aos cidadãos"

O secretário de Estado adjunto, Carlos Moedas, afirmou esta quarta-feira que o relatório do FMI é um contributo entre outros para se avançar com a reforma do Estado e pediu o envolvimento de toda a sociedade civil e um debate “sereno, construtivo, realista” sobre o tema. O governante referiu ainda que Portugal" precisa de um Estado que não pese tanto aos cidadãos".

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Eudora Ribeiro
09/01/2013 16:37 ‧ 09/01/2013 por Eudora Ribeiro

Economia

Moeda

“Este estudo não faz parte do memorando da troika nem faz parte da troika. É uma equipa diferente, um estudo diferente realizado pelo FMI”, começou por esclarecer o secretário de Estado adjunto, Carlos Moedas, em conferência de imprensa.

O governante frisou que se trata de “um contributo entre outros contributos” para a reforma do Estado, sendo, contudo, “um contributo quantificado”, que o Governo recebeu hoje ao meio-dia e que já enviou aos partidos políticos com assento parlamentar.

Na mesma ocasião, e depois das críticas e reacções negativas que têm vindo a público ao longo do dia, em relação às medidas sugeridas no relatório do FMI, Carlos Moedas deixou um apelo para que o debate sobre a reforma do Estado decorra de forma serena e construtiva. “Esperamos que este debate seja sereno, construtivo, realista, quantificado, analítico e que todas as forças sociais e políticas participem”, disse.

O secretário de Estado defendeu ainda que "precisamos de um Estado que não pese tanto aos cidadãos e nos impostos que têm de pagar”, vincando que “um Estado eficiente não se mede pelo que gasta mas pelo que proporciona aos seus cidadãos”.

Admitindo que o relatório do FMI divulgado hoje até "poderá ter erros factuais", Moedas disse, contudo, esperar “que todos o leiam, partidos políticos, parceiros sociais, todos os participantes da sociedade civil", defendendo que se trata de um "relatório muito completo e muito bem feito".

O relatório do FMI divulgado hoje propõe um ‘menu de medidas’, que inclui, entre outras, o corte de até 20% nas pensões e uma redução permanente de até 7% nos salários da Função Pública, assim como a dispensa de 50 mil professores e pessoal auxiliar.

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