Em declarações à agência Lusa, o responsável, que é também o fundador da Frato Interiors, explicou que o investimento de 1,5 milhões de euros se reporta "a uma unidade produtiva de mobiliário, em Paredes, à remodelação e expansão da sede, na Maia, e ao estabelecimento de uma base comercial em Londres".
"Estamos a falar, mais precisamente, em criar em Londres um escritório com um 'show room' para profissionais no segundo semestre deste ano", salientou.
Em 2014, a Frato foi "forçada" a investir numa unidade produtiva de estofo, isto é, para o fabrico de cadeiras e sofás, na Maia, onde tem a sua sede, devido ao crescimento do negócio da empresa.
Com cerca de 80% dos artigos de produção própria, a Frato tem 350 clientes ativos em 54 países.
Atualmente, na área do retalho, possui três lojas que foram abertas ao longo do ano passado.
Está em Londres nos famosos armazéns britânicos Harrod´s lado a lado com marcas como a Hermés, a Fendi Casa ou a Roche Bobies.
Em Singapura tem também uma loja, um espaço com 200 metros quadrados (m2) igual em área ao dos prestigiados armazéns Harrod's.
Este ano vai abrir a segunda loja num país do Médio Oriente no segundo semestre. A primeira loja que abriu nesta região foi em Riad, na Arábia Saudita, no ano passado.
Pela frente tem um desafio recente, a hotelaria, ao ter ganhado a adjudicação do primeiro hotel para renovar, o Grand Hotel Kempinski, em Genebra.
"A renovação vai iniciar-se em março e durará três anos", esclareceu Carlos Santos, lembrando que esta é "uma nova área de negócio onde a Frato vai apostar".
Criada desde o início para ser uma empresa vocacionada para os mercados externos - a faturação em Portugal não ultrapassa 2% a 3% do total -, em cinco anos de atividade a Frato passou de um volume de negócios de 200 mil euros no primeiro ano para uma previsão de 5 milhões de euros em 2015.
Nesse sentido, a Frato, admite Carlos Costa, "tem vindo a crescer de uma forma muito sustentada e o veículo comercial por excelência foram as feiras".
Desde 2011 que participa em Paris na principal Feira Internacional do setor - 'Maison et Objet', conhecida pelos "rigorosos critérios de seleção" e que se vai realizar entre 23 a 27 de janeiro.
"Vamos estar presentes no pavilhão onde estão as marcas principais como a Ralf Lauren e num espaço com 200 m2. O investimento total foi de 250 mil euros e só o espaço absorve 50% dos custos diretos", destacou o responsável.
A participação consecutiva da Frato na Maison et Objet de Paris tem tido "um retorno ótimo", mas com a presença da marca nos armazéns britânicos Harrod's, em Londres, passou a haver "outra visibilidade", salientou.
Carlos Santos referiu ainda à Lusa que "no início as feiras serviam para a Frato realizar vendas direta", tendo estas chegado a representar 80% da sua faturação, mas "este valor diminuiu para os 20% em 2014", pois a empresa tem já "uma carteira de clientes estabelecida".
"As feiras são hoje pontos de contacto, servem para mostrar novidades, a evolução da empresa embora permitam ainda angariar clientes", concluiu.