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"Quem em Portugal não confiava no dr. Ricardo Salgado?"

O ex-administrador do BES José Manuel Espírito Santo Silva reconheceu hoje no parlamento estar "surpreendido" com "muita coisa" que se está a descobrir sobre a gestão do banco e do GES.

"Quem em Portugal não confiava no dr. Ricardo Salgado?"
Notícias ao Minuto

16:13 - 16/12/14 por Lusa

Economia Ex-administrador do BES

"Quem é que em Portugal não confiava no dr. Ricardo Salgado?", questionou no parlamento, na comissão de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES).

A pergunta motivou alguns risos na sala, com os deputados do PCP Miguel Tiago e Bruno Dias e a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua a levantarem a mão na resposta à questão.

"Eu também conheço alguns" que não confiavam em Salgado, acabaria por dizer José Manuel Espírito Santo Silva.

"Neste momento estou a percorrer um caminho em que de facto estou surpreendido com muita coisa que se está a passar e que está a ser averiguada por esta comissão, também", sublinhou.

Sobre a sua relação com Salgado, prosseguiu: "Temos a mesma idade, estudámos juntos, fizemos várias coisas juntos. Tenho por ele admiração e amizade".

José Manuel Espírito Santo disse ainda que vai esperar pelos resultados das averiguações em curso "esperando" que estes lhe permitam "continuar com essa amizade e vivência" que teve com o ex-banqueiro.

"Se não for assim é uma grande desilusão para mim", admitiu.

A audição de José Manuel Espírito Santo arrancou cerca das 15:00 e segue-se à de Manuel Fernando Espírito Santo, ex-administrador não executivo do BES e presidente da holding Rio Forte, que foi ouvido no parlamento entre as 09:00 e as 13:30.

A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro e tem um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

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