"Sou amigo de longa data do senhor José Guilherme. E estou-me a referir ao início da minha caminhada no BES, no início dos anos 1970. O senhor José Guilherme é um excelente empresário da área da construção. Ele quando começa a crise estava orientado no sentido de se mudar com armas e bagagens para países do leste. Depois pediu-me a minha opinião. Eu disse-lhe o que pensava sobre o assunto", declarou Salgado, inquirido na comissão parlamentar sobre a gestão do BES e do GES.
José Guilherme, prosseguiu o ex-banqueiro, "arrepiou caminho" e foi aconselhado por Salgado a ir para Angola.
"Em Angola teve um grande sucesso e isso não teve que ver com o GES. O senhor José Guilherme nunca precisou do GES para nada. Era mais credor do BES do que devedor", frisou ainda.
Salgado escusou-se a falar em detalhe da prenda do "foro pessoal" do construtor, sublinhando que o caso está em segredo de Justiça, sendo um elemento do processo "Monte Branco".