De acordo com o Boletim Mensal do IGCP, o instituto que gere a dívida pública portuguesa, o Estado partiu para o início deste ano com 11.384 milhões de euros que os particulares tinham investido em certificados de aforro, que já tinham sido alvo de uma grande sangria em 2011.
No final de Novembro deste ano, este valor desceu para 9.667 milhões de euros, menos 1.717 milhões de euros, em termos líquidos (amortizações e emissões), um valor que compara com uma previsão de saída líquida no Orçamento do Estado de 2012 na ordem dos 1.500 milhões de euros.
Os certificados do tesouro, cujas inscrições foram entretanto suspensas, só conseguiram captar este ano 111 milhões de euros a apenas um mês do final do ano, sendo que no relatório do Orçamento do Estado de 2012 o Governo estimava conseguir captar (valor líquido) 600 milhões de euros de poupanças dos particulares.
No total, o Governo perdeu até Novembro 1.606 milhões de euros de investimentos das famílias em dívida pública, quando esperava perder 900 milhões de euros nos dois instrumentos de poupança.