Queda do BES foi "uma profunda deceção na minha vida"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, diz este domingo ao Público que ficou “chocado” e sofreu uma “profunda deceção” com a crise que levou à queda do império Espírito Santo.
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Economia Faria de Oliveira
“Devo dizer que, para além de ter ficado chocado, foi uma profunda deceção na minha vida. O BES era um banco conceituado e considerado no sistema, com um modelo de negócio ligeiramente diferente das outras instituições, extremamente agressivo”.
As declarações são de Faria de Oliveira, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos que acrescenta ainda, em declarações ao Público que só tomou conhecimento da solução a aplicar ao Banco Espírito Santo “poucas horas antes”.
“Não fomos formalmente ouvidos na matéria e quando tomámos conhecimento, mesmo assim, ainda procurámos saber por que não se utilizou a solução adotada com êxito nas outras situações [BCP, Banif, BPI, CGD]”, referiu.
Para Faria de Oliveira, “o sistema bancário, no seu conjunto, teria claramente preferido esta solução [o recurso à linha de recapitalização da troika] e a emissão de Cocos”.
Sobre a venda do Novo Banco, a instituição que resultou da divisão do Banco Espírito Santo em bom e mau, o responsável defende que “deve haver uma clara conciliação entre o momento da venda e a capacidade de valorizar o mais possível a instituição”.
“O que importa é que a gestão procure minimizar todos os custos do caso e fortalecer o mais possível a instituição”, concluiu.
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