“A missão manifestou apreensão relativamente ao facto de o ritmo das reformas estruturais parecer ter diminuído consideravelmente desde o final do programa, tendo, em alguns casos, invertido os resultados obtidos no passado”, escreve a Comissão Europeia e o BCE numa declaração conjunta, citada pelo Diário Económico.
Na declaração em que assinala a conclusão da visita da troika, Bruxelas sustenta ainda que o aumento do salário mínimo pode dificultar a entrada no mercado de grupos de trabalho mais vulneráveis.
“Embora fique por confirmar se as recentes medidas relacionadas com a negociação coletiva salarial poderão contribuir para um melhor alinhamento dos salários à evolução da produtividade, a decisão de aumentar o salário mínimo poderá tornar ainda mais difícil a transição para o mercado de trabalho para os grupos mais vulneráveis”, escreve Bruxelas no mesmo documento.
Paralelamente, a Comissão aponta ainda que é necessária uma intensificação dos “esforços para reduzir as rendas excessivas nas indústrias em rede, em especial no setor da energia”, para aumentar a competitividade económica, sustentando assim “a ainda débil recuperação económica”.
As reformas são outro dos pontos frisados pela Comissão, que insta o Governo a “a manter um programa ambicioso de reformas para o futuro”, monitorizando e avaliando de forma mais sistemática o impacto das mesmas.