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"Nos próximos anos temos de continuar o processo de ajustamento"

O economista Eduardo Catroga alertou hoje que as restrições financeiras vão manter-se nos próximos anos qualquer que seja o Governo, apelando a um acordo partidário para uma estratégia de médio prazo de equilíbrio das contas públicas.

"Nos próximos anos temos de continuar o processo de ajustamento"
Notícias ao Minuto

14:34 - 29/10/14 por Lusa

Economia Eduardo Catroga

"Qualquer que seja o Governo nos próximos anos, eu costumo dizer aos meus amigos de esquerda: têm de interiorizar que há restrições financeiras. O total da despesa não pode ultrapassar um determinado montante nos próximos anos, porque o total da receita do Estado também não pode", alertou Eduardo Catroga.

O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva falava numa conferência sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2015, que decorreu em Lisboa e foi organizada pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira e Associados.

"Já esgotámos as receitas extraordinárias, já esgotámos a capacidade de aumentar os impostos, já esgotámos a capacidade de vender os anéis e os dedos e os credores não deixam, e bem, aumentar o endividamento; portanto temos de ajustar a receita à despesa", afirmou Eduardo Catroga.

Para o economista, "o caminho" para o equilíbrio orçamental e para a estabilização e decréscimo da dívida pública "tem de ser um grande desígnio nacional, nomeadamente dos três partidos do arco do poder".

"Nós nos próximos anos temos de continuar o processo de ajustamento das contas públicas, das contas externas, do fortalecimento do sistema bancário, do financiamento à economia. Isto é austeridade? Não é. É necessidade de virarmos o modelo de crescimento", afirmou, acrescentando que esse processo "vai demorar entre 10 a 15 anos".

Na sua intervenção, Eduardo Catroga alertou ainda para alguns riscos de execução da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real "ser inferior ao previsto", devido ao abrandamento das economias europeias, e o deflator do PIB previsto "não ser viável".

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