Ricardo Salgado: O tesoureiro da Portugal Telecom
A tesouraria da Portugal Telecom era gerida pelo Banco Espírito Santo na pessoa de Ricardo Salgado. A conclusão é de uma investigação levada a cabo pelo jornal Público que teve acesso a diversos relatórios internos da instituição bancária que abriu falência no verão passado.

© Reuters

Economia Investigação
De acordo com uma investigação levada a cabo pelo jornal Público, a relação entre o Banco Espírito Santo e a Portugal Telecom era “promíscua”, uma vez que Ricardo Salgado tinha um papel preponderante na tesouraria da operadora portuguesa que está atualmente com problemas.
Relatórios a que o jornal teve acesso dão conta de várias reuniões entre Ricardo Salgado e o administrador financeiro da PT nas quais o banqueiro dava instruções relativamente à forma como a operadora iria investir o dinheiro.
No início do ano, Salgado tentou convencer Pachelo de Melo (CFO da PT) a manter os 750 milhões na ESI – uma das holdings do Grupo Espírito Santo – e avisou-o que teria de se preparar para aplicar este mesmo dinheiro na RioForte.
O presidente da CMVM, refere o Público, está a tentar provar a existência de uma reunião entre presidentes e administradores financeiros do BES e da PT. Este encontro terá servido, acredita-se, para Ricardo Salgado pedir que a PT apoiasse o GES no momento difícil que estava a atravessar.
Se Carlos Tavares, da CMVM, conseguir provar que esta reunião de facto existiu, então será provado que a PT sabia dos problemas financeiros do GES e ainda assim arriscou ao aplicar milhões de euros na RioForte, deixando de lado a proteção dos seus próprios interesses.
Mas a interferência de Salgado não se fica por aqui. O banqueiro terá ainda convencido os responsáveis da PT a aumentar a sua exposição ao GES, através da RioForte, holding na qual foram aplicados quase 900 milhões de euros.
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