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"Alemanha não precisa de plano de relançamento económico"
A Alemanha não precisa de um plano de relançamento, que poderia mesmo revelar-se contra produtivo, declarou hoje o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, defendendo que a maior economia europeia deveria simplesmente melhorar a alocação de despesas.
© Reuters
Economia Bundesbank
"A Alemanha não precisa de política de estímulos (de crescimento)", afirmou o banqueiro, que falava durante uma conferência financeira em Riga na Letónia.
Esta semana o Governo alemão reviu em forte baixa as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para 2015, assumindo uma desaceleração da dinâmica económica, tendo como pano de fundo a crise na Ucrânia e a fragilidade prolongada da zona euro.
Esta revisão em baixa animou os defensores de uma viragem de política económica do Governo alemão, ao qual apelaram os parceiros europeus para fazer mais para apoiar o crescimento económico.
Mas as previsões revistas, de 1,2% para este ano e de 1,3% para 2015, "apontam sempre para um crescimento em linha com o potencial" da economia alemã, sublinhou Weidmann.
"E ao contrário, tendo em conta os desafios demográficos que enfrentamos, medidas de relançamento onerosas poderiam mesmo ter um efeito contra produtivo, corroendo a confiança", adiantou.
"Seguir uma política de equilíbrio orçamental é absolutamente sensato para o país", muito endividado com a população envelhecida, argumentou Weidmann, antigo conselheiro de Angela Merkel.
A Alemanha conseguir o equilíbrio do orçamento federal no próximo ano é objetivo prioritário.
"Não há qualquer necessidade de medidas de relançamento financiadas pela dívida" na Alemanha, declarou Weidmann, defendendo isso sim "uma mudança das despesas públicas, de despesas de consumo para despesas de investimento".
O banqueiro reconhece que "o investimento público tem um papel a desempenhar quando se trata de aumentar o potencial de crescimento da Alemanha".
MC // MSF
Noticias Ao Minuto/Lusa
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