"Ou a família está coesa, ou a família perde o banco"
Quase um ano antes de o Banco Espírito Santo (BES) cair ao ?charco?, já Ricardo Salgado previa algumas ?tempestades?. Várias premonições, que serviam de alerta, foram transmitidas nas reuniões do grupo e da família, de acordo com o i.
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Economia Ricardo Salgado
Arrancava o mês de agosto de 2014 quando o Banco Espírito Santo (BES) se tornou o alvo de todas as atenções… e não pelos melhores motivos. Só nessa data é que o Banco de Portugal (BdP) decidiu intervir, afastando Ricardo Salgado e dividindo o BES num banco bom e num banco mau.
Mas já em novembro do ano anterior, as premonições do então presidente faziam prever que algo ia correr mal. “Ou a família está coesa, ou a família perde o banco. (…) Com o mar turbulento que nós temos, estar a mudar o piloto da embarcação é um convite a irmos todos para o charco. À mais pequena estremeção vamos todos para baixo”, alertava Ricardo Salgado, citado pelo jornal i, nas reuniões de família.
“Se não houver solidariedade total no grupo, o grupo vai ao fundo, vocês não tenham dúvida nenhuma”, insistia, assumindo, na esfera familiar, que uma recapitalização por parte do Estado já estivera mais longe.
“O mar que está à nossa volta é revolto, complicadíssimo. Não posso garantir que não venhamos a ser recapitalizados pelo Estado. E isto é grave, porque se porventura as coisas não correrem bem nas análises que eles fizerem e quiserem que o banco se recapitalize de uma forma mais forte, nós vamos ter que fazer das tripas coração e ir buscar dinheiro não sei onde”, dizia.
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