Segundo cálculos realizados com base nos dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, os preços das casas novas em 70 cidades analisadas desceram 0,41% face ao mês anterior, depois de uma queda de 0,3% em agosto.
Das cidades incluídas na amostra, 63 registaram recuos nos preços da habitação nova, mais do que as 57 verificadas em agosto, enquanto apenas cinco -- incluindo metrópoles como Pequim e Xangai -- registaram aumentos, abaixo das nove cidades que apresentaram subidas no mês anterior.
Os cálculos baseados nas estatísticas oficiais indicam ainda uma queda de 0,64% nos preços das casas em segunda mão em setembro, acelerando em relação à descida de 0,58% registada em agosto.
Ao contrário de meses anteriores, em que algumas cidades ainda apresentavam ligeiros aumentos, todas as 70 cidades abrangidas pela análise do GNE registaram quedas no preço da habitação usada.
Nos últimos anos, as autoridades chinesas lançaram sucessivas medidas para conter o colapso do setor imobiliário, um tema que preocupa fortemente Pequim devido às implicações sociais, dado que a habitação representa um dos principais ativos de investimento das famílias chinesas.
A crise no setor é apontada como uma das principais causas do abrandamento económico da China, com o peso do imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB), incluindo os efeitos indiretos, estimado em cerca de 30%, segundo analistas.
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