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Maior investimento de sempre do calçado português com execução de 85%

O projeto BioShoes4All, um investimento global de 60 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para promover a bioeconomia sustentável no setor do calçado, regista uma taxa de execução de 85%, anunciaram hoje os promotores.

Maior investimento de sempre do calçado português com execução de 85%

© Shutterstock

Lusa
16/10/2025 15:55 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

Calçado

 

"Com uma taxa de execução de 85%, o projeto BioShoes4All é um dos primeiros projetos financiados pelo PRR a apresentar publicamente resultados concretos, fruto de um trabalho colaborativo entre mais de 70 entidades do setor e um investimento global de cerca de 60 milhões de euros --- o maior alguma vez realizado na história da indústria do calçado em Portugal", destacou a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) no âmbito da conferência "The Final Step", que decorre hoje em Matosinhos.

Estruturado em cinco eixos estratégicos --- Biomateriais, Calçado Ecológico, Economia Circular, Tecnologias Avançadas de Produção, Capacitação e Promoção --- o projeto BioShoes4All pretendeu "consolidar uma base produtiva nacional resiliente e competitiva, com foco na inovação, sustentabilidade, diferenciação e resposta rápida ao mercado internacional".

No total, envolveu mais de 70 parceiros ao longo de três anos, representando um investimento global superior a 60 milhões de euros.

"O BioShoes4All não foi apenas mais um projeto. Foi - e é - uma resposta concreta aos grandes desafios do nosso tempo: a transição ecológica, transformação digital e a valorização do capital humano e do saber-fazer nacional", salientou o presidente da APICCAPS no discurso de abertura da conferência "The Final Step".

Segundo Luís Onofre, o projeto apostou na biotecnologia, nos materiais de nova geração e em soluções de produção mais limpas e eficientes, mas também no desenvolvimento de talento jovem e na internacionalização.

"Lançámos coleções inovadoras, promovemos o calçado português nas principais semanas de moda internacionais, criámos pontes com escolas de 'design', apostámos na sustentabilidade como valor central e afirmámos que, em Portugal, não se produz apenas calçado e artigos de pele de excelência. Produz-se cultura. Produz-se futuro", enfatizou.

Como resultado, sustentou, o setor do calçado pode "afirmar com confiança" que "está mais preparado, mais resiliente e mais competitivo", mas também "mais consciente do seu papel", porque "inovar é também saber preservar".

Na sua intervenção na conferência, a coordenadora do BioShoes4All, Maria José Ferreira, explicou que o objetivo foi "promover a transição do 'cluster' do calçado para a bioeconomia sustentável e economia circular, apostar em novos materiais e componentes biobaseados, recicláveis e reciclados, desenvolver calçado e marroquinaria diferenciados, funcionais e com menor pegada ambiental e promover tecnologias de produção avançadas, digitais e ecoficientes".

Neste sentido, foram desenvolvidas ações de capacitação do 'cluster' e de sensibilização em escolas, implementados processos e linhas piloto industriais, efetuadas campanhas de envolvimento e sensibilização do consumidor para o consumo sustentável e promovido o 'cluster' do calçado e Portugal como "líderes em sustentabilidade".

No âmbito dos biomateriais, por exemplo, foram criadas mais de 20 biofibras de origem nacional a partir de excedentes de castanha, pinheiro, borra de café, folha oliveira, cereais (pó de silos), biossílica, biocarbonato de cálcio, casca de mexilhão, caroço de azeitona, excedentes de frutas, podas da vinha.

Foram também criadas linhas industriais inovadoras para produção de bioborracha e solas e dezenas de produtos de calçado e marroquinaria "apelativos, intemporais, duráveis e leves, com menor pegada ecológica, de carbono e fóssil e elevadas percentagens de materiais reciclados".

Adicionalmente, foram desenvolvidas linhas de produção e plataformas e tecnologias avançadas de produção "garantindo a rastreabilidade do calçado e marroquinaria, desde a origem dos materiais à produção, e criadas soluções visando a valorização de calçado pós-consumo.

Leia Também: Perda da Menzies? Há "alerta para possíveis riscos para trabalhadores"

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