"Com um orçamento proposto de 200 mil milhões de euros (ME) para o período de 2028-2034 e uma meta de 30% de despesa destinada ao clima e ao ambiente, é proposto um novo instrumento Europa Global para apoiar os países parceiros na adoção de estratégias credíveis de ação climática e para estimular a procura nos setores industriais limpos", refere a Comissão Europeia em comunicado.
Este financiamento, no âmbito da estratégia Portal Global tem como meta investir em projetos de adaptação e resiliência climática, bem como o apoio à criação de modelos de negócio voltados para a adaptação climática, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
O executivo comunitário destaca que uma parte significativa de toda a cadeia de valor das tecnologias limpas está altamente concentrada --- sobretudo na China --- e muitas regiões do mundo não têm acesso à produção das tecnologias limpas de que necessitam, o que se pretende contrariar com recurso a parcerias mutuamente benéficas.
O plano propõe ainda reforçar a capacidade de fabrico de tecnologias limpas da UE, de modo a atingir 15% do mercado tecnológico mundial, melhorando simultaneamente a competitividade industrial europeia.
De acordo com dados da Comissão, em 2024, foram investidos 1,0 biliões de euros em energia baseada em combustíveis fósseis, contra 2,0 biliões de euros em energia limpa --- uma proporção de dois para um a favor da energia limpa.
Os investimentos em energia limpa aumentaram 78% desde 2015, ano em que foram aplicados 1,4 biliões de euros em energia fóssil e 1,1 biliões de euros em energia limpa.
A quota da União Europeia nestes investimentos em energia limpa foi de 19%, o que corresponde a 334 mil milhões de euros, representando um aumento total de 111% desde 2015.
A UE demonstrou que o seu modelo de descarbonização funciona bem como modelo de crescimento, reduzindo as suas emissões de gases com efeito de estufa em 37% entre 1990 e 2023, enquanto a economia do bloco cresceu 68% durante o mesmo período.
Atualmente, a UE produz apenas 6% das emissões globais de gases com efeito de estufa, sendo que os membros do G20 são responsáveis por 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa.
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