"Num campo com reservas recuperáveis estimadas superiores a mais de mil milhões de barris, a FPSO [unidade flutuante] Bacalhau irá contribuir com cerca de 40 mil barris diários de óleo para o total da produção da Galp quando a unidade atingir o 'plateau' [estagnação], representando um aumento de mais de 30% em relação à produção atual da Galp, que faz da empresa o quinto maior produtor de petróleo e gás do Brasil", anunciou a empresa, em comunicado.
A norueguesa Equinor é o parceiro líder no projeto Bacalhau, no pré-sal brasileiro, Bacia de Santos, com 40% (operadora), a par da ExxonMobil, que também detém 40%, enquanto a Galp detém 20% do projeto através da Petrogal Brasil, uma 'joint venture' com a Sinopec (Galp 70% | Sinopec 30%), sendo ainda também parceira a Pré-Sal Petróleo SA.
Esta é a 13.ª unidade da Galp implantada no pré-sal brasileiro desde 2010, uma embarcação com 370 metros de comprimento e 64 metros de largura que está localizada a 185 quilómetros (km) da costa de Ilhabela (São Paulo), em águas ultraprofundas com mais de 2.000 metros de lâmina d'água.
Segundo a empresa, este projeto vai criar cerca de 50.000 postos de trabalho ao longo dos seus 30 anos de vida útil, dos quais 3.000 foram criados durante a fase de desenvolvimento.
"O Bacalhau também mostra a nossa determinação em concretizar projetos de alto valor para a empresa, para os seus acionistas e para o Brasil", referiu a presidente executiva da Galp Brasil, Paula Pereira da Silva, citada na mesma nota.
Em junho de 2021, a Galp anunciou, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que integrava o consórcio que ia investir 8.000 milhões de dólares (6.540 milhões de euros) no desenvolvimento da fase 1 do campo de petróleo de Bacalhau, "um reservatório de carbonatos de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos", e cujo "primeiro óleo" estava "planeado para 2024".
"Este será um dos maiores FPSOs do Brasil, com capacidade de produção de 220 mil barris por dia e dois milhões de barris de armazenamento", salientou então a Galp, detalhando que tinham sido feito "esforços significativos para reduzir as emissões da fase de produção, incluindo a implementação de um sistema de turbina de gás de ciclo combinado para aumentar a eficiência energética da planta", o que "proporciona uma produção de energia elétrica eficiente e um fornecimento de calor flexível".
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