O resultado da sessão indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 1,29%, o tecnológico Nasdaq avançou 2,29% e o alargado S&P500 valorizou 1,56%.
Depois de, na sexta-feira, ter ameaçado Pequim com taxas alfandegárias suplementares de 100% sobre as importações provenientes da China, "Donald Trump recuou (nas suas afirmações) e indicou claramente qu ia tudo correr bem com a China", destacou Adam Sarhan, da 50 Park Investments, em declarações à AFP.
Em mensagem vista por alguns analistas como um novo exemplo do fenómeno 'TACO' ("Trump Always Chickens Out", "Trump Acobarda-se Sempre"), Trump escreveu no domingo que os EUA desejavam "ajudar a China, não prejudicar".
A propósito, Sarhan estimou que "mais uma vez, assiste-se a um cenário que se repete: Trump utiliza as taxas alfandegárias ou a possibilidade de as impor como meio de negociar os acordos. Os investidores reagem, depois adaptam-se".
As ameaças formuladas na sexta-feira tinham abalado os mercados financeiros, desde logo Wall Street.
Segundo Sarhan, "a recuperação do alívio" de segunda-feira continua moderado, uma vez que os principais índices da praça bolsista apenas recuperaram metade das perdas.
A Casa Branca continua a aplicar novas taxas alfandegárias setoriais, como as que incidem sobre a madeira de construção e o imobiliário, que devem entrar em vigor na terça-feira.
E qualquer regresso das tensões entre Washington e Pequim, "com um aumento das sobretaxas pelos dois lados, poderá degenerar muito rapidamente e provocar uma recessão mundial", avançou Sarhan.
Ao mesmo tempo, os investidores esperam com impaciência a publicação dos desempenhos trimestrais dos grandes bancos dos EUA, ponto de partida da época dos resultados.
"Os resultados trimestrais e as perspetivas de futuro vão ter mais peso do que habitual, porque os dados económicos (oficiais) não estão disponíveis", devido à paralisia orçamental nos EUA.
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