Apesar de saudar o alívio fiscal para os contribuintes e empresas, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, considera que "dá uma estreita margem de manobra ao Governo para poder levar a cabo alguns investimentos necessários".
A confederação espera que através deste Orçamento do Estado o Governo dê uma grande prioridade à reforma administrativa "que é essencial para Portugal ter um Estado mais moderno e eficiente, o que permite às empresas ter menos custos de contexto e aumentar a sua produtividade".
"A CTP espera ver neste Orçamento do Estado, quando analisado mais ao pormenor, por exemplo um reforço das verbas para a promoção turística, os investimentos necessários para o novo aeroporto da região de Lisboa, assim como para o desenvolvimento e modernização da ferrovia", lê-se em comunicado.
Face à atual conjuntura internacional, a CTP sublinha que é necessário medir o impacto que os aumentos das verbas para a Defesa vão ter em termos orçamentais, ou seja, que consequências poderão ter no investimento público em outras áreas estratégicas para o país.
O Governo entregou hoje no parlamento o OE2026, na véspera do prazo limite e três dias antes das eleições autárquicas de domingo.
No cenário macroeconómico, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026.
O executivo pretende alcançar excedentes de 0,3% do PIB em 2025 e de 0,1% em 2026. Quanto ao rácio da dívida, estima a redução para 90,2% do PIB em 2025 e 87,8% em 2026.
A proposta vai ser discutida e votada na generalidade entre 27 e 28 de outubro. A votação final global está marcada para 27 de novembro, após o processo de debate na especialidade.
Leia Também: OE2026: Governo quer "reforçar apoios na ADSE" e melhorar satisfação