Com as perspetivas para a inflação mais incertas do que o habitual e o risco de grandes impactos sobre a inflação e o crescimento em ambas as direções, foi importante para o Conselho de Governadores manter a total opcionalidade para as futuras reuniões e ser ágil para reagir rapidamente, se necessário, afirmam as atas publicadas hoje.
O Conselho de Governadores decidirá o que fazer com as taxas de juro em cada reunião, dependendo dos dados económicos, sem se comprometer com uma trajetória de taxas de juro determinada, acrescentam as atas.
O BCE manteve em setembro por unanimidade as taxas de juro em 2% e desde então reiterou que são adequadas naquele nível.
A entidade considera que o nível das taxas de juro em 2% é "suficientemente robusto para gerir impactos".
As atas destacam que o BCE considera que não deve reagir a "flutuações moderadas da inflação" e que só modificará as taxas de juro se ocorrer "um desvio significativo" do objetivo de inflação de 2% a médio prazo.
As atas mostram que o Conselho de Governadores considera que a sua comunicação "deveria manter um tom cuidadoso, neutro e permanecer sem compromisso em relação a decisões futuras sobre as taxas de juro".
A presidente do BCE, Christine Lagarde, o economista-chefe, Philip Lane, e outros membros do Conselho do BCE reiteraram até agora que as taxas de juro em 2% são adequadas e que a instituição tomará as decisões sobre as taxas de juro em cada reunião de acordo com os dados económicos.
Mas o vice-presidente, Luis de Guindos, alertou para os riscos geopolíticos e o fraco crescimento económico da zona euro.
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