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Novo Banco: Trabalhadores pedem audiência ao Governo para exigir prémios

A Comissão de Trabalhadores do Novo Banco vai pedir audiências ao Governo e Fundo de Resolução para reivindicar prémios pela venda do banco, disse à Lusa, acrescentando que o abaixo-assinado já conta com mais de 1.000 assinaturas.

Novo Banco: Trabalhadores pedem audiência ao Governo para exigir prémios

© Reuters

Lusa
07/10/2025 12:43 ‧ há 1 dia por Lusa

Economia

Novo Banco

Na semana passada, a Comissão de Trabalhadores (CT) considerou uma "tremenda injustiça" os trabalhadores do Novo Banco não receberem prémios após a venda do banco, ao contrário dos gestores, e exigiu que seja pago o equivalente a pelo menos dois salários (num valor que estimou ascender no total a 25 milhões de euros).

 

Para a estrutura representativa dos trabalhadores, "foi graças ao empenho" dos mais de 4.000 empregados que o Novo Banco se reestruturou, o que permitiu a venda acordada em junho.

Os acionistas do Novo Banco (a Lone Star com 75%, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças com 11,46% e o Fundo de Resolução com 13,54%) acordaram vendê-lo em junho ao grupo francês BPCE por 6.400 milhões de euros. Ainda faltam vários passos para o negócio ser concretizado.

A coordenadora da CT, Liliana Felicio, disse hoje à Lusa que ainda esta semana a CT pedirá audições aos acionistas públicos do Novo Banco - Ministério das Finanças e Fundo de Resolução - para "expressar a indignação" dos trabalhadores por serem postos fora dos prémios.

Sobre o abaixo-assinado dirigido à administração do banco a exigir o pagamento de prémios, que arrancou esta segunda-feira, disse a responsável que já supera as 1.000 assinaturas, o que Liliana Felicio considerou que demonstra o mal-estar vivido dentro do banco com a falta de reconhecimento de quem aí trabalha.

"As pessoas estão mesmo indignadas, os que antes se retraíam com receio de se expor estão de tal forma indignados e mobilizados pela injustiça que estão a assinar", afirmou à Lusa.

O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do BES (na resolução deste) detido pelo Fundo de Resolução bancário (entidade pública).

Em 2017, a maioria do capital foi vendido à Lone Star. Então, foi acordado um mecanismo pelo qual, nos anos seguintes, o Fundo de Resolução injetou 3.405 milhões de euros no banco, provocando várias polémicas políticas e mediáticas.

Com o fim antecipado deste mecanismo, em final de 2024, tornou-se possível a venda do banco e o pagamento de dividendos.

Em junho, foi acordada a venda ao BPCE por 6.400 milhões de euros. O Governo disse então que a venda do Novo Banco associada à distribuição de dividendos que ocorreu este ano permitiu "ao Estado recuperar quase 2.000 milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição".

Em setembro, foi polémica a notícia do Público de que dirigentes da Lone Star e gestores do Novo Banco deverão receber bónus que ascendem a 1.100 milhões de euros pagos pelo acionista Lone Star relativos ao sucesso da venda do Novo Banco.

A Lusa contactou o Fundo de Resolução e o Ministério das Finanças, questionando se tinham conhecimento e se consideram que pode haver conflito de interesses por um acionista (Lone Star) pagar bónus a gestores independentes do Novo Banco. Mas, até ao momento, não obteve respostas.

Leia Também: Trabalhadores do Novo Banco exigem prémio de dois salários após venda

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