"Face à preocupação manifestada, nos últimos tempos, quanto à escassez de moedas em circulação", o BCV colocou em circulação, desde julho, "1,4 milhões de moedas nas denominações de um, cinco e 10 escudos, representando 60 por cento da quantidade anualmente colocada em circulação", anunciou.
Até ao final de outubro, serão reforçadas as moedas de 50 escudos e, até final de novembro, será a vez das moedas de 20 e 100 escudos.
O reforço deste ano é 4,4 vezes superior ao que foi realizado em 2021, acrescentou o BCV, assinalando que "a nova produção acrescentará 23,8 milhões [de moedas] à circulação, totalizando 92,7 milhões de moedas disponíveis para a economia nacional".
O banco central pede à população para fazer as trocas de numerário através dos bancos comerciais, acrescentando estar a analisar "outras alternativas de colocação das moedas em circulação, de modo a atender às necessidades de troco".
Questionado sobre o assunto, em maio, o governador do BCV, Óscar Santos, admitiu que a escassez tem de ser averiguada.
Em fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, em parceria com o banco central, lançou um inquérito para ajudar a descobrir onde foram parar as moedas do arquipélago.
A medida foi anunciada de forma complementar a campanhas de sensibilização para que se recoloque dinheiro guardado a circular.
Motoristas, vendedoras, taxistas e clientes têm tentado lidar com a escassez, sentida sobretudo a meio do ano passado, relataram à Lusa.
O problema chegou a gerar acesas discussões em autocarros e a causar prejuízos para vendedoras de rua, pela impossibilidade de entregar troco nas transações.
Alguns estabelecimentos resolveram entregar rebuçados em substituição das moedas de menor valor.
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