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Receitas dos municípios com IMT aumentam 320 milhões até agosto

As receitas dos municípios com o IMT, imposto que se aplica às transações imobiliárias, aumentaram 320 milhões de euros nos primeiros oito meses do ano em relação ao mesmo período de 2024, mostram dados da Entidade Orçamental.

Receitas dos municípios com IMT aumentam 320 milhões até agosto

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Lusa
01/10/2025 17:47 ‧ há 22 horas por Lusa

Economia

IMT

De acordo com a síntese de execução orçamental divulgada na terça-feira, 30 de setembro, a cobrança do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) chegou a 1.430 milhões de euros de janeiro a agosto.

 

A receita acumulada cresceu 28,8% relativamente ao mesmo período do ano passado (comparando com 1.110 milhões de euros) e esse movimento explica uma parte do crescimento da receita fiscal nos primeiros oito meses do ano.

Na síntese, a EO (a nova designação da Direção Geral do Orçamento) detalha que "o incremento da receita fiscal (9,1%) decorreu, essencialmente, da execução do IRS (16,6%) e do IVA (9%) e, a um nível inferior, do IMT (28,8%) e do ISP (13,4%), atenuado pela quebra do IRC (-8%)".

A melhoria na receita do IMT, explica este serviço do Ministério das Finanças, é um "reflexo da dinâmica no mercado imobiliário nacional, que registou um aumento das transações imobiliárias e do seu valor".

De julho para agosto, o aumento da receita superou os 200 milhões de euros (foi de 200,77 milhões), tendo sido o segundo mês, em 2025, em que o incremento mensal atingiu esta ordem de grandeza (de maio para junho, o crescimento foi de 231 milhões de euros).

A tendência registada até agosto deste ano contraria o que aconteceu nos dois últimos anos na execução acumulada do imposto dos primeiros meses do ano.

Em 2024, a receita caiu 2,9% de janeiro a agosto e em 2023 recuou 1,3%. No entanto, em 2022, o valor acumulado nos oito primeiros meses do ano foi positivo, com a receita a crescer 38,3%. A tendência repetiu-se agora, mas a um ritmo menor, de 28,8%.

O IMT representou, até agosto, mais de metade das receitas fiscais dos municípios. Ao todo, a administração local obteve 2.723,6 milhões de euros com a fatia da cobrança de impostos que, à luz da lei, constituem receitas suas (caso do IMT, do IMI, do Imposto Único de Circulação e da derrama municipal de IRC). Com o crescimento das receitas do IMT, este imposto passou a representar 52,5% do total da cobrança obtida até agosto.

Na reunião do Conselho de Ministros da semana passada, em que aprovou um pacote de medidas na área da habitação, uma das medidas que o executivo pretende propor ao parlamento passa por agravar o IMT na compra de habitações por parte de "cidadãos não residentes em Portugal, excluindo emigrantes", segundo o comunicado de 25 de setembro.

A receita do IMT pertence aos municípios onde se localizam os imóveis que são transacionados. Em regra, o imposto incide sobre o valor da venda constante do contrato ou, se o montante for superior, sobre o valor patrimonial tributário do imóvel.

No caso dos imóveis que se destinam exclusivamente a habitação própria e permanente, as taxas do IMT são progressivas, variando em função do valor da compra (podendo ir até 7,5% para os valores mais elevados, superiores a 1.128.28 euros).

Para "outros prédios urbanos", o Código do IMT prevê uma taxa fixa de 6,5% e, para prédios rústicos, uma taxa de 5%.

Leia Também: Mais de 55 mil pessoas beneficiam de IMT Jovem na compra de casa

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