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Lufthansa prevê "aumento significativo da rentabilidade" até 2030

O grupo de aviação Lufthansa, que anunciou hoje a eliminação de 4.000 postos de trabalho até 2030, prevê um "aumento significativo da rentabilidade" até ao final da década, num contexto de forte procura por viagens aéreas.

Lufthansa prevê "aumento significativo da rentabilidade" até 2030

© Arne Dedert/picture alliance via Getty Images

Lusa
29/09/2025 13:17 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Lufthansa

O grupo alemão divulgou hoje os seus planos estratégicos numa apresentação para investidores e analistas em Munique, reportando uma forte procura por viagens aéreas, num contexto de limitações na oferta de voos devido à pressão nas cadeias de abastecimento para aviões e motores.

 

Com os aviões cheios e as receitas a aumentar, a Lufthansa antecipa um "aumento significativo da rentabilidade" até ao final da década.

A empresa anunciou ainda estar a preparar o que descreveu como a maior modernização da frota na sua história, com a adição prevista de mais de 230 novas aeronaves até 2030, incluindo 100 aviões de longo curso.

O grupo Lufthansa manifestou no início do mês a intenção de analisar "cuidadosamente" o caderno de encargos da reprivatização da TAP, considerando na altura ser "o melhor parceiro" para a companhia aérea portuguesa "e para Portugal".

Apesar da forte procura por viagens aéreas e do aumento previsto do lucro nos próximos anos, a Lufthansa anunciou hoje um corte de 4.000 postos de trabalho até 2030 com a ajuda da inteligência artificial, digitalização e consolidação do trabalho entre as companhias aéreas do grupo.

Segundo avançou, a maioria dos empregos serão eliminados na Alemanha, com foco em funções administrativas e não operacionais, e deverá traduzir-se em menos 300 milhões de euros em despesas por ano a partir de 2028.

De acordo com a apresentação hoje feita aos analistas, este plano de redução de pessoal irá ajudar o grupo a atingir novos objetivos para o período 2028-2030, nomeadamente uma margem operacional ajustada (EBIT) de 8 a 10%, contra 4,4% em 2024.

Num comunicado, a Lufthansa afirmou que "mudanças profundas provocadas pela digitalização e inteligência artificial" aumentarão a eficiência em todas as áreas e atividades de negócio, o que levará à redução de pessoal prevista, a maior desde a pandemia de covid-19.

Em 2024, o grupo Lufthansa -- o maior grupo aéreo europeu - tinha 101.709 funcionários e gerou receitas de 37.600 milhões de euros (44.000 milhões de dólares).

O sindicato dos serviços Verdi já anunciou que não aceitará "uma verdadeira destruição do pessoal de terra".

Citado num comunicado, Marvin Reschinsky, membro do sindicato e do conselho fiscal da Lufthansa, afirmou que as próximas negociações coletivas, no início de 2026, serão uma oportunidade para "defender [os] direitos", em particular dos 20.000 funcionários de terra da companhia.

O sindicato acusa ainda as políticas aéreas alemã e europeia, com as suas normas ambientais e a fiscalidade, de ameaçarem a competitividade do setor e da Lufthansa em particular, provocando "a perda de postos de trabalho e de linhas aéreas" no país.

Em resposta a estes anúncios, as ações da Lufthansa subiam 1,75% às 09:00 GMT (10:00 em Lisboa) na Bolsa de Frankfurt.

Leia Também: Lufthansa anuncia supressão de 4 mil postos de trabalho até 2030

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