Questionado sobre se faz parte dos planos investir numa fábrica de manutenção em Portugal, como a Lufthansa Technik, durante uma apresentação a jornalistas o responsável começou por lembrar que enquanto companhia aérea já investem em diferentes instalações de manutenção em "vários lugares do mundo", como em Marrocos e na Florida, nos EUA.
"Por isso, abrir uma instalação de manutenção em Portugal pode ser uma opção", admitiu, lembrando que a frota da Air France-KLM inclui aviões similares aos da TAP.
Ben Smith destacou ainda que "o ambiente de custos e de mão-de-obra qualificada em Portugal é muito atrativo", e abriu a porta ao reforço das operações em outras bases no país, dando como exemplo a Transavia - que também pertence ao grupo - no Porto.
"Não é uma fábrica, mas isso não é o nosso negócio", apontou.
O investimento no desenvolvimento de combustível sustentável de aviação(SAF) também está na lista de investimentos diretos do grupo em Portugal, estando à procura de um parceiro.
O gestor também abordou a questão da infraestrutura aeroportuária em Lisboa, reconhecendo limitações de capacidade, mas afirmando que "existem formas de aumentar a eficiência sem construir de raiz um novo aeroporto", como através da operação com aviões de maior dimensão.
A par com a Air France-KLM, a Lufthansa e a IAG, dona da Ibéria e British Airways, já manifestaram interesse na privatização da TAP que prevê alienar até 44,9% do capital da companhia aérea.
O caderno de encargos prevê ainda que 5% do capital ficará reservado aos trabalhadores, conforme a Lei das Privatizações, e o futuro comprador terá direito de preferência sobre a fatia não subscrita.
Fundado em 2004, o grupo Air France-KLM resultou de uma fusão entre as companhias francesa e neerlandesa, mantendo centros de decisão em Paris e Amesterdão.
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