"O 'stock' de empréstimos para habitação aumentou 786 milhões de euros relativamente a julho, totalizando 107.100 milhões de euros no final de agosto. Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a tendência de aceleração, com um crescimento de 8,4%, o mais elevado desde julho de 2008", refere o banco central.
Em agosto, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 8,2% face ao mesmo mês de 2024, também a maior taxa de variação desde 2008.
Já os empréstimos ao consumo e outros fins aumentaram 175 milhões de euros relativamente a julho, para 32.983 milhões de euros, e subiram 7,7% face ao mês homólogo, igual ao registado no mês anterior (7,7%).
Segundo detalha o BdP, a taxa de variação anual foi de 6,8% nos empréstimos para consumo e de 9,2% nos empréstimos para outros fins.
No final de julho, o 'stock' de crédito pessoal somava perto de 13.106 milhões de euros, mais 56 milhões do que em julho, correspondendo a um crescimento homólogo de 7,1%, contra 7,2% no mês anterior.
Já o crédito automóvel totalizou quase 8.861 milhões de euros, mais 45 milhões de euros do que em julho e registando uma taxa de variação anual de 9,7%, enquanto os cartões de crédito atingiram perto de 3.291 milhões de euros, menos 30 milhões em cadeia e uma taxa de variação anual de 7,7%.
Quanto ao 'stock' de crédito a empresas, no final de julho era de 73.930 milhões de euros, menos 303 milhões de euros do que em julho e um crescimento homólogo de 4,0%, representando uma subida acima do mês anterior (3,6%).
As microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (12,7%, 3,4% e 0,7% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter uma taxa negativa (-2,1%), refere o BdP.
O crédito ao setor da construção e atividades imobiliárias manteve a aceleração, com a taxa de variação anual a atingir 8,2% (7,6% em julho).
Já no comércio, transportes e alojamento, a taxa de variação anual foi de 2,6%, tendo-se registado comportamentos diferenciados neste agregado: se o crédito ao alojamento e restauração e o crédito ao comércio cresceram em relação ao mês homólogo (3,1% e 4,2%, respetivamente), o crédito ao setor dos transportes e armazenagem diminuiu em termos anuais (-2,4%).
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