Na sua intervenção inicial no debate quinzenal no parlamento, Luís Montenegro disse que o Governo "tudo fará para garantir a estabilidade e a continuação do bom desempenho económico e financeiro do país", recordando que houve reuniões com todos os grupos parlamentares.
No entanto, avisou que o programa de Governo aprovado é o do PSD/CDS-PP, que não foi rejeitado pelo parlamento.
"Este não é um momento de agendas políticas partidárias, muitas vezes egoístas e muito menos o tempo para termos instabilidade política. De todos os partidos esperamos, por isso, sentido de responsabilidade e disponibilidade para colocar o interesse nacional e dos portugueses à frente de qualquer interesse particular", afirmou.
Montenegro salientou que, dado o contexto internacional, "Portugal deve continuar a ser um farol de estabilidade".
"O país não pode nem deve ficar refém de crises políticas ditadas por caprichos partidários ou mesmo pessoais", avisou.
Sobre as contas públicas, o primeiro-ministro admitiu que o contexto é "muito desafiante", mas afirmou que o Governo manterá os seus principais objetivos.
"Em primeiro lugar, termos em 2025 um crescimento económico acima da média da União Europeia, próximo de 2%, e um superavit a rondar os 0,3% e a continuação de uma trajetória de redução do ratio da dívida pública", afirmou, considerando que "estas metas são atingíveis".
No debate quinzenal, Montenegro retomou uma ideia que tem defendido nas últimas semanas e que disse ter verificado nas recentes visitas oficiais à China e ao Japão: "Comprovei, uma vez mais a invejável reputação internacional de Portugal, designadamente quanto à credibilidade económica e financeira do país", disse.
"Num contexto internacional de insegurança e incerteza, gerado por guerras e conflitos, também comerciais, Portugal é cada vez mais um reconhecido farol de estabilidade e fiabilidade, quer na Europa, quer à escala mundial", frisou.
Na União Europeia, acrescentou, Portugal é um dos países "com melhor performance a nível económico e financeiro".
"Em apenas duas semanas, como é público, registámos duas subidas do 'rating' da República Portuguesa pelas agências internacionais. Estas subidas do 'rating' justificam-se pela nossa política orçamental e também pelo nosso desempenho económico", considerou.
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