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Moçambique arrecadou quase 200 milhões com venda de gás desde 2022

Moçambique já arrecadou 235 milhões de dólares (199,2 milhões de euros) em receitas com 137 carregamentos de gás para o estrangeiro desde 2022, anunciou o Governo, destacando o papel do país no fornecimento de energia limpa.

Moçambique arrecadou quase 200 milhões com venda de gás desde 2022

© Lusa

Lusa
23/09/2025 08:49 ‧ há 1 semana por Lusa

Economia

Moçambique

"Na área de hidrocarbonetos destacam-se os ganhos do Projeto Coral Sul FLNG, cuja produção iniciou em 2022 e já consolidou o seu sucesso com a exportação de 120 embarques de Gás Natural Liquefeito e 17 de condensado para o mercado internacional, gerando mais de 235 milhões de dólares norte-americanos em receitas", refere, em comunicado, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, que se encontra reunido desde segunda-feira em conselho coordenador.

 

Acrescenta que com a exportação de gás, Moçambique afirma-se a nível global como um ator importante no fornecimento de energia limpa.

Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, além do operado pela Eni, a única em produção, também a Mozambique LNG (Área 1), operado pela TotalEnergies, até 43 milhões de toneladas por ano (mtpa), e Rovuma LNG (Área 4), operado pela ExxonMobil, com 18 mtpa, ambas em fase de desenvolvimento.

Em 2024, um estudo da consultora Deloitte concluiu que as reservas de gás de Moçambique representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares (96,2 mil milhões de euros).

Só este ano, ainda sem a entrada em funcionamento das restantes operações, a produção moçambicana estimada de gás é de 5,4 mil milhões de metros cúbicos, o sexto maior produtor em África.

A Lusa noticiou na segunda-feira que os lucros da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) caíram 15% no último ano fiscal, para 46,7 milhões de dólares (39,4 milhões de euros), mas com a petrolífera estatal a alertar para o "declínio acentuado" em reservatórios de gás.

"Um dos grandes desafios que temos será o de sermos capazes de responder à situação do declínio acentuado da produção nos nossos reservatórios de Pande e Temane nos próximos anos, por forma a manter os níveis de desempenho atual", lê-se na mensagem do conselho de administração, liderado por Arsénio Mabote, que consta do relatório e contas de 2024/2025, encerrado em junho.

Os lucros da CMH já tinham recuado 15,5% no ano fiscal terminado em junho de 2024, para 54,7 milhões de dólares (46,1 milhões de euros), segundo dados anteriores da petrolífera estatal, somando agora nova queda, num período (2024/2025) marcado igualmente pelo recuo de 9% na venda de gás natural pela empresa, face ao anterior.

A administração justifica esta queda no desempenho financeiro com "a flutuação dos preços de petróleo no mercado internacional, assim como aos problemas operacionais em unidades chave da central de processamento de Temane", província de Inhambane, sul do país.

Leia Também: Vandalizações deixam seis mil casas sem eletricidade em Moçambique

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