Segundo um inquérito da Câmara de Comércio da União Europeia na China, até 9 de setembro o Ministério do Comércio chinês apenas tinha aprovado 19 de 141 pedidos de licença, enquanto 121 permaneciam pendentes e um foi rejeitado por erro de dados.
Entre esses pedidos, 121 foram classificados como "urgentes". A ausência de autorizações levou a sete interrupções de produção em agosto e poderá provocar 46 em setembro e mais dez até ao final do ano, incluindo sete em outubro.
O levantamento, divulgado hoje, foi realizado com informação de 22 empresas entre agosto e início de setembro.
A Câmara enquadra estas dificuldades no regime anunciado em abril, que restringe as vendas externas e obriga a obter licenças para exportar sete minerais do grupo das terras raras -- entre os quais samário, gadolínio e disprósio -- e ímanes de alto rendimento.
No entanto, apesar de Pequim ter prometido agilizar processos após a cimeira China-UE em julho, a organização afirma que muitas empresas continuam a enfrentar obstáculos que "não só implicam elevados custos financeiros, como ameaçam a estabilidade das cadeias de fornecimento".
"Obter licenças de exportação de terras raras é atualmente o assunto mais premente para muitos dos nossos membros", afirmou o presidente da Câmara, Jens Eskelund, que pediu um sistema "claro, previsível e fiável" para reduzir incertezas e aliviar tensões comerciais entre Bruxelas e Pequim.
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