Em maio passado, a fabricante de baterias CATL, também com sede na China, captou 5,3 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), na maior entrada em bolsa do ano.
De acordo com o prospeto enviado hoje à Bolsa de Valores de Hong Kong, a filial da chinesa Zijin Mining dedicada ao ouro oferecerá quase 349 milhões de ações a 71,59 dólares de Hong Kong (7,82 euros) cada.
A companhia já reservou aproximadamente 1,6 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros) em participações para investidores institucionais como o fundo soberano de Singapura GIC, o fundo Hillhouse e a gestora de ativos BlackRock.
Os recursos serão usados na aquisição de uma mina de ouro no Cazaquistão, na expansão e modernização de ativos em países como Gana e Suriname nos próximos cinco anos e em novos projetos de exploração.
A estreia em bolsa está prevista para 29 de setembro. A operação decorre num contexto de procura elevada por ouro, com os preços próximos de máximos históricos, impulsionados pela incerteza global, compras de bancos centrais, expectativas de cortes nas taxas de juro e estratégias de diversificação.
Alguns bancos de investimento estimam que o preço do ouro possa atingir quatro mil dólares (3.393 euros) por onça (equivalente a 31,1 gramas) em 2026.
Pelas 10:30 locais (03:30 em Lisboa), as ações da Zijin Mining registavam uma subida de 0,78% em Hong Kong.
Em 2024, o grupo produziu 73 toneladas de ouro, 60% provenientes de operações fora da China. O objetivo é elevar a produção para entre 100 e 110 toneladas até 2028.
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