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Transportes municipais: Trabalhadores manifestam-se por melhores salários

A ação de rua, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), começou na sede do sindicato e prosseguiu até ao Ministério das Finanças.

Transportes municipais: Trabalhadores manifestam-se por melhores salários

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Lusa
17/09/2025 13:15 ‧ há 3 semanas por Lusa

Economia

Transportes

Mais de 80 pessoas concentraram-se hoje junto do Ministério das Finanças, em Lisboa, em protesto por o Governo não dar seguimento às negociações de valorização dos salários dos trabalhadores dos transportes coletivos municipais.

 

A ação de rua, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), começou na sede do sindicato e prosseguiu até ao Ministério das Finanças.

Num plenário realizado antes do início do protesto, foi aprovada uma resolução entregue depois no ministério, dirigida à secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, e ao secretário de Estado da Administração Local, Silvério Regalado.

A presidente do STAL, Cristina Torres, disse que a resolução reafirma "a continuação da luta e a justiça da sua luta pela carreira e por melhores salários".

"Os trabalhadores decidiram também continuar essa luta já no dia 07 de outubro, com a realização de plenários em todos os municípios que detêm serviços ou transportes municipais coletivos, e marcar uma greve de todos estes serviços para o dia 10 [de novembro]. O objetivo é chamar a atenção dos autarcas [para a necessidade de] garantir o serviço público de transporte coletivo de passageiros, mas é necessário que ele seja feito com direitos", adiantou a dirigente.

Sérgio Santos, motorista há 18 anos nos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), apelou ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, para que "não se esqueça destes trabalhadores". 

"No início, disse que todas as greves e manifestações eram do nosso direito, e que estávamos no direito de as fazer, e que lutássemos. Se ele ganhasse, iria ajudar-nos. Neste momento responde que as greves não são a melhor forma de luta: o que ele nos deu foi uma mão cheia de nada", acrescentou o motorista.

Cristina Torres sublinhou que no caso de Coimbra o autarca, "assim que foi eleito presidente, passou a considerar que lutar não é o que os trabalhadores devem fazer". 

"Um presidente de Câmara que na campanha eleitoral diz uma coisa e assim que é eleito diz o seu contrário, não nos merece confiança", acrescentou a presidente do STAL, a duas semanas do início da campanha oficial para as autárquicas de 12 de outubro.

Numa manifestação em que estiveram presentes várias dezenas de trabalhadores dos SMTUC, a coordenadora da direção regional de Coimbra do STAL, Luísa Silva, referiu que o que impede o sindicato de estar à mesa com este executivo nacional "é mesmo uma falta de vontade por parte do Governo".

A coordenadora lembrou uma "reunião caótica" com Silvério Regalado em março deste ano em que o governante prometeu "que até às eleições [legislativas] o dossiê das carreiras estaria pronto a ser aprovado quando o Governo tomasse posse".

"Depois entretanto veio o apagão, por causa do apagão foi desmarcada outra reunião. Não sei se o apagão permanece no ministério", acrescentou, adiantando que foi depois enviado um ofício após o Governo ser eleito a solicitar uma reunião. 

"Fomos ignorados", sublinhou Luísa Silva. 

Na resolução os trabalhadores dos transportes municipais de Coimbra, Barreiro, Bragança, Portalegre, Nazaré e Sintra exigem a "manutenção dos serviços públicos municipais ou municipalizados de transporte coletivo, a reposição das carreiras profissionais, nomeadamente a de agente único nos transportes municipalizados".

São igualmente exigidos um aumento salarial não inferior a 15%, num mínimo de 150 euros, o aumento do subsídio de refeição, a atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade, o respeito pelo gozo integral dos dias de férias e a melhoria das condições de trabalho.

Num comunicado, o STAL explicou que até 2008 o salário-base daqueles profissionais (734,62 euros) "era cerca de 63% superior ao salário mínimo nacional de então (450 euros)".

"Hoje [...] a sua base salarial é o salário mínimo nacional!", frisou.

Afirmando que enviou propostas "de recuperação e valorização" dos salários daqueles trabalhadores ao Governo, o STAL disse que o executivo PSD/CDS "continua sem nada decidir".

Leia Também: Ministra diz partos em casa estão a aumentar e "não são seguros"

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