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Dívida de Moçambique cresceu mais de 12 milhões em três meses

De acordo com o relatório, o 'stock' da dívida de Moçambique atingiu no final de junho passado 1,072 biliões de meticais (14,3 mil milhões de euros), um aumento de 0,1% face ao primeiro trimestre de 2025.

Dívida de Moçambique cresceu mais de 12 milhões em três meses

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Lusa
15/09/2025 11:23 ‧ há 2 semanas por Lusa

Economia

Ministério

A dívida moçambicana cresceu 910,8 milhões de meticais (12,1 milhões de euros) no segundo trimestre, devido ao aumento das emissões internas, de acordo com um relatório do Ministério das Finanças a que a Lusa teve hoje acesso.

 

De acordo com o relatório, o 'stock' da dívida de Moçambique atingiu no final de junho passado 1,072 biliões de meticais (14,3 mil milhões de euros), um aumento de 0,1% face ao primeiro trimestre de 2025.

No documento, sobre a evolução da dívida pública de abril a junho, o Ministério das Finanças explica que o "desempenho deve-se essencialmente ao aumento da dívida interna" em 0,4%, face aos três meses anteriores, para um 'stock' de quase 445 mil milhões de meticais (5,9 mil milhões de euros).

Este valor resulta "das novas emissões de dívida no âmbito da Facilidade de Crédito do Banco Central (21,6% do stock total da dívida interna)", lê-se.

No final do segundo trimestre, a dívida externa de Moçambique ascendia ao equivalente a 627.855 milhões de meticais (8.371 milhões de euros), recuando assim 0,1% face aos três meses anteriores, devido, segundo o documento, ao "cumprimento do serviço da dívida", bem como ao "compromisso do Governo em priorizar à contratação de dívida a condições altamente favoráveis".

O Governo moçambicano alertou anteriormente para um "impacto muito grande" no serviço da dívida pública interna em caso de flutuações nas taxas, face ao aumento do 'stock', prevendo gastar 267 milhões de euros só em setembro.

"Face ao aumento do 'stock' da dívida interna nos últimos anos, um choque na taxa de juro terá um impacto muito grande no serviço da dívida interna", aponta o Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP), de 2026 a 2028, documento noticiado no final de julho pela Lusa.

Acrescenta que os dados atuais evidenciam "uma concentração de pagamentos em períodos específicos, o que pode colocar uma pressão na tesouraria pública, requerendo uma monitoria constante ao longo do período".

No relatório diz-se mesmo que, em setembro, os "pagamentos previstos para amortizações e juros somam aproximadamente 20 mil milhões de meticais [267 milhões de euros]", sendo este "o maior montante a ser desembolsado ao longo do ano" de 2025.

"Esse cenário representa um risco na medida em que reflete a crescente dependência da dívida interna, cujo serviço se tornou um encargo substancial sobre a despesa pública, associado a limitação de acesso ao crédito externo concessionado e da crescente necessidade de financiar o défice orçamental, intensificando assim, as pressões sobre as finanças públicas", apontava-se no documento.

Leia Também: Taxa de ofertas de emprego recua na zona euro e na UE no 2.º trimestre

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