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CGTP e UGT lado a lado contra pacote laboral e não afastam greve conjunta

A CGTP e a UGT criticaram hoje o anteprojeto do Governo de revisão da legislação laboral, rejeitando definir linhas vermelhas e admitindo que uma greve geral conjunta poderá estar em cima da mesa se o Executivo não recuar.

CGTP e UGT lado a lado contra pacote laboral e não afastam greve conjunta

© Artur Machado / Global Imagens

Lusa
13/09/2025 23:06 ‧ há 3 semanas por Lusa

Em declarações à Lusa, à margem da sessão "Reforma laboral ou contra-reforma liberal?", promovida pela associação Causa Pública na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, as duas centrais sindicais sublinharam posições críticas face às propostas do Executivo, que estão a ser debatidas com os parceiros sociais desde esta semana,

 

O debate juntou ainda vários especialistas, e sentou na mesma mesa os líderes das duas centrais sindicais.

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, frisou que este é um momento de "unidade e convergência nos locais de trabalho, na informação, na mobilização e na capacitação dos trabalhadores".

A central sindical convocou já uma Jornada Nacional de Luta para 20 de setembro, em Lisboa e no Porto, que pretende transformar num "grande momento de luta, um grande momento de afirmação, um grande momento de denúncia".

Questionado sobre a possibilidade de uma greve geral conjunta com a UGT, Tiago Oliveira respondeu: "tal como no passado, se o Governo continuar a insistir neste percurso, encontraremos as formas necessárias para responder".

Sobre as medidas apresentadas pelo Executivo, o líder da CGTP foi taxativo: "Rejeitamos por completo este pacote de agressão aos trabalhadores (...) todas elas são propostas negativas (...) do nosso ponto de vista, nós temos é que combater este pacote laboral que foi apresentado pelo Governo".

"É um completo retrocesso. Estamos a avançar em direção ao século XIX", salientou.

Já o secretário-geral adjunto da UGT, Sérgio Monte, disse que o sindicato está a analisar o anteprojeto, que também rejeitou "liminarmente" tal como foi apresentado.

O dirigente lembrou que a UGT não divulga publicamente as suas linhas vermelhas "para não inviabilizar o diálogo", mas garantiu que a central sindical vai avançar com propostas próprias, entre as quais "a redução do horário de trabalho, a semana de quatro dias de trabalho, alterações na área da parentalidade e a garantia de que a licença por interrupção de gravidez possa ser sempre utilizada".

Ainda assim, reconheceu que há matérias "muito intransponíveis"para a UGT, destacando: "esta do despedimento, do período experimental (...) é a liberalização do despedimento (...) e será muito difícil de aceitar".

Questionado pela Lusa sobre uma eventual greve geral conjunta, respondeu: "Não está nada fora de questão. Uma greve geral não se prepara de um dia para o outro".

O anteprojeto do Governo, apresentado em julho, prevê alterações nas áreas da parentalidade (licenças, amamentação e luto gestacional), trabalho flexível, formação nas empresas, período experimental e serviços mínimos em caso de greve.

As confederações empresariais aplaudiram a proposta, considerando que há ainda margem para melhorias, mas as centrais sindicais falam em "retrocesso civilizacional".

O Governo comprometeu-se, entretanto, a apresentar uma nova versão do anteprojeto até 08 de outubro, "com evoluções" nas matérias relacionadas com a família e a parentalidade.

Leia Também: CGTP e UGT denunciam "contra-reforma liberal": "Assalto aos direitos"

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