A semana arranca sem mexidas nos preços dos combustíveis, que deverão continuar nos níveis da semana passada, de acordo com as previsões divulgadas na sexta-feira pelo Automóvel Club de Portugal (ACP).
De acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do gasóleo simples está nos 1,564 euros por litro, enquanto o da gasolina simples 95 está nos 1,710 euros por litro.
Onde é mais barato abastecer?
Para consultar os postos de abastecimento mais baratos perto de si, pode aceder a este link e selecionar, logo em cima, a opção 'filtrar por município', clicando depois no respetivo distrito na lista que será apresentada. Por fim, deverá selecionar o município que pretende consultar, bem como o tipo de combustível.
De acordo com os dados da DGEG, estes são os postos de abastecimento mais económicos do país:
Os postos mais económicos© Reprodução do site da DGEG
Como está o petróleo nos mercados internacionais?
A cotação do barril de Brent para entrega em novembro terminou, na quinta-feira, no mercado de futuros de Londres em baixa de 1,66%, para os 66,37 dólares, devido entre outras razões à valorização do dólar.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, encerrou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 1,12 dólares abaixo dos 67,49 com que fechou as transações na quarta-feira.
A baixa não foi mais acentuada, apontaram os analistas, devido às preocupações com a estabilidade do fornecimento provenientes o Médio Oriente, que pressiona os preços em alta.
O aviso da Agência Internacional de Energia
A Agência Internacional de Energia (AIE) considerou, na quinta-feira, que o aumento previsto das reservas de petróleo "é insustentável" depois de a produção ter atingido um máximo em agosto e de a OPEP ter decidido um novo aumento para outubro.
No relatório mensal sobre o mercado, a AIE estima que, no segundo semestre, as reservas mundiais crescerão em média 2,5 milhões de barris por dia, devido ao facto de a oferta estar a superar largamente a procura.
Só em julho, as reservas aumentaram 26,5 milhões de barris e foi o sexto mês consecutivo de expansão, acumulando 187 milhões de barris adicionais desde o início do ano.
A situação corre o risco de se agravar com a decisão, no domingo passado, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+), a menos que ocorra uma inflexão que modifique os atuais desequilíbrios do mercado devido às tensões geopolíticas, às políticas comerciais ou a novas sanções contra a Rússia ou o Irão, segundo os autores do relatório.
A OPEP+ acordou no domingo um novo aumento da produção de petróleo bruto para outubro de 137.000 barris por dia, uma subida que, no entanto, é menor do que o aplicado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da procura mundial.
A AIE lembra que em agosto foi atingido um novo recorde na procura de petróleo bruto, com 106,9 milhões de barris, e calcula agora que, no conjunto do ano, será de uma média de 105,8 milhões de barris por dia, o que significa 2,7 milhões de barris por dia a mais do que em 2024, dos quais 1,3 milhões de barris por dia provenientes da OPEP+.
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