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AIE considera aumento previsto das reservas de petróleo insustentável

No relatório mensal sobre o mercado publicado hoje, a AIE estima que, no segundo semestre, as reservas mundiais crescerão em média 2,5 milhões de barris por dia, devido ao facto de a oferta estar a superar largamente a procura.

AIE considera aumento previsto das reservas de petróleo insustentável

© Nick Oxford/Reuters

Lusa
11/09/2025 11:29 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

Petróleo

A Agência Internacional de Energia (AIE) considera que o aumento previsto das reservas de petróleo "é insustentável" depois de a produção ter atingido um máximo em agosto e de a OPEP ter decidido um novo aumento para outubro.

 

No relatório mensal sobre o mercado publicado hoje, a AIE estima que, no segundo semestre, as reservas mundiais crescerão em média 2,5 milhões de barris por dia, devido ao facto de a oferta estar a superar largamente a procura.

Só em julho, as reservas aumentaram 26,5 milhões de barris e foi o sexto mês consecutivo de expansão, acumulando 187 milhões de barris adicionais desde o início do ano.

A situação corre o risco de se agravar com a decisão, no domingo passado, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+), a menos que ocorra uma inflexão que modifique os atuais desequilíbrios do mercado devido às tensões geopolíticas, às políticas comerciais ou a novas sanções contra a Rússia ou o Irão, segundo os autores do relatório.

A OPEP+ acordou no domingo um novo aumento da produção de petróleo bruto para outubro de 137.000 barris por dia, uma subida que, no entanto, é menor do que o aplicado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da procura mundial.

A AIE lembra que em agosto foi atingido um novo recorde na procura de petróleo bruto, com 106,9 milhões de barris, e calcula agora que, no conjunto do ano, será de uma média de 105,8 milhões de barris por dia, o que significa 2,7 milhões de barris por dia a mais do que em 2024, dos quais 1,3 milhões de barris por dia provenientes da OPEP+.

Para 2026, estima que o aumento será de mais 2,1 milhões de barris por dia, até 107,9 milhões de barris por dia, e um milhão de barris por dia será proveniente de produções adicionais da OPEP+.

De qualquer forma, a agência salienta que, em outubro, a contribuição do cartel petrolífero será inferior à meta teórica estabelecida, uma vez que o Kuwait e o Cazaquistão continuam a colocar no mercado 1,1 milhões de barris por dia abaixo das suas quotas e outros, em particular a Rússia, enfrentam problemas de capacidade.

Para ilustrar isso, a agência aponta que, em setembro, o aumento da produção da OPEP+ será de 1,5 milhões de barris por dia em comparação com o primeiro trimestre, muito abaixo da meta anunciada de 2,5 milhões de barris por dia.

A AIE especifica que, embora as exportações da Rússia e do Irão tenham diminuído nos últimos meses devido às sanções que lhes foram aplicadas, isto teve "um impacto relativamente modesto" nos fluxos globais.

Algo que poderá mudar com a proibição das importações de produtos refinados obtidos a partir do petróleo russo, estabelecida pela União Europeia e que deverá entrar em vigor no início de 2026.

No que diz respeito à procura, a AIE calcula agora que este ano aumentará em 740.000 barris por dia, o que representa um aumento ligeiramente inferior ao antecipado há um mês (que era de 685.000 barris por dia), em parte devido ao efeito dos baixos preços do barril.

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