A semana começou com uma subida dos preços dos combustíveis, que se verificou tanto no caso do gasóleo como no da gasolina, de acordo com os preços médios atualizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A gasolina simples 95 subiu de 1,696 euros por litro para 1,711 euros por litro entre sexta e segunda-feira, o que significa mais 1,5 cêntimos.
Por sua vez, o gasóleo simples encareceu de 1,547 euros por litro para 1,565 euros por litro no mesmo período, o que significa mais 1,8 cêntimos.
Quais eram as previsões?
As previsões apontavam já para uma subida dos preços no início desta semana, o que acabou mesmo por se verificar.
De acordo com as previsões divulgadas pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), na sexta-feira, o gasóleo deveria ficar dois cêntimos mais caro, ao passo que a gasolina deveria encarecer 1,5 cêntimos.
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá crescer para os 1,717 euros por litro (€/l). Já o preço médio da gasolina simples 95 subirá para os 1,562 €/l", estimou o ACP, no final da semana passada.
Isto numa altura em que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), "o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava na sexta-feira (5 de setembro) 1,697 euros, enquanto preço médio do litro de gasolina totalizava 1,547 euros".
Estas previsões, explica o ACP, "são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços".
"As medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA", explica.
Como está o mercado petrolífero?
A cotação do barril de Brent para entrega em novembro terminou na segunda-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 0,80%, para os 66,02 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 52 cêntimos acima dos 65,50 dólares com que encerrou as transações na sexta-feira.
O Brent começou a semana em alta, apesar de o OPEP+ ter decidido no domingo aumentar a produção em 137 mil barris por dia, a partir de outubro.
O OPEP+ é o grupo formado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo com aliados, como a Federação Russa.
Apesar de o aumento ser considerado moderado, os analistas destacam que a medida procura recuperar quota de mercado e reflete uma estratégia do OPEP+ para manter a influência no mercado global.
Por outro lado, para a subida do preço contribuiu também a expectativa de sanções adicionais ao crude russo o que poderia reduzir a oferta global e pressionar os preços para cima.
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