Em declarações à Lusa, o responsável explicou que estarão vários tipos de seguros envolvidos na ajuda e compensações às vítimas, começando pelo "seguro principal, que é o seguro da Carris, que está colocado junto da seguradora Fidelidade".
Segundo o dirigente associativo, em primeiro lugar, "e se calhar aquele que é mais importante, é o da responsabilidade civil perante os passageiros", sendo um "seguro de transporte coletivo de passageiros", que tem, de acordo com a lei, "um valor mínimo".
O presidente da APS disse que este seguro contratado pela Carris está acima desse valor mínimo, que são cerca de sete milhões de euros.
"É obviamente um seguro que seguramente vai ser acionado para indemnizar as famílias das vítimas e os feridos", explicou.
"Depois há também seguros patrimoniais no sentido da parte circulante, das próprias máquinas" que também são "do seguro da Carris", explicou.
Paralelamente, há seguros de outras companhias, "por exemplo, de acidentes de trabalho, de quem estivesse a viajar ali, por exemplo, a regressar na casa do seu emprego", como os funcionários da Santa Casa da Misericórdia que estão entre as vítimas, que "estariam a regressar a casa e, portanto, aí são seguros de empresas que poderão ser, e seguramente serão acionados", disse.
Além destes, "depois há ainda seguros individuais", porque havia muitos turistas e "também alguns portugueses, mas que podem ter seguros individuais", explicou, apontando modalidades como seguros de viagem ou de acidentes pessoais "que podem também ser acionados neste tipo de situações".
O presidente da APS disse que ainda era "prematuro" saber quais os montantes globais envolvidos, dado que está a ser realizado o apuramento e levantamento da situação.
Quanto ao tempo que possa demorar, José Galamba de Oliveira não conseguiu precisar, mas garantiu que "o interesse das seguradoras é que se resolva o problema o mais depressa possível, porque é por esse caso também é para ajudar as famílias, nestes momentos mais difíceis".
"Obviamente, se puder resolver o problema em uma semana ou duas, seguramente não vamos estar à espera de meses", destacou, salientando que esse é "o espírito em situações deste tipo no passado, de catástrofes como as dos incêndios".
A Fidelidade, por sua vez, manifestou já hoje "total disponibilidade" para prestar assistência e facilitar os "processos de indemnização e de assistência necessários" às vítimas do descarrilamento do elevador da Glória, ocorrido na quarta-feira.
O acidente causou 16 mortos, segundo a Proteção Civil.
O descarrilamento causou ainda duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
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