"Neste momento, a exigência que se coloca, além do acompanhamento aos feridos e aos familiares das vítimas mortais, é a de proceder a um rigoroso inquérito para apurar as causas e responsabilidades", refere a Fectrans em comunicado.
Para os sindicatos dos transportes, a investigação deverá "verificar as causas imediatas, mas também os efeitos das medidas gestionárias que optaram pela externalização do serviço de manutenção, assim como verificar os relatos transmitidos pelos trabalhadores e o seguimento ou medidas adotadas na sequência dos mesmos".
"A Carris presta um serviço público e deve estar dotada de todos os meios técnicos e humanos para prestar esse serviço com qualidade e segurança", é sublinhado.
No mesmo comunicado, a Fectrans manifesta a sua solidariedade com os familiares das vítimas e com os trabalhadores da Carris, que também perderam um dos colegas no acidente.
O ascensor da Glória, composto por duas cabines elétricas motorizadas sincronizadas por cabo, descarrilou ao final da tarde de quarta-feira, por causas ainda por determinar.
O acidente provocou a morte de pelo menos 16 pessoas e ferimentos em cerca de duas dezenas de cidadãos, de várias nacionalidades.
O Governo decretou um dia de luto nacional, que se cumpre hoje.
A câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal.
O elevador da Glória, em funcionamento desde 1885, é operado pela Carris e liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros.
É considerado um dos ícones de Lisboa e muito procurado por turistas.
Leia Também: Elevador da Glória. Associação de Freguesias demonstra "profundo pesar"