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Serviços mínimos na greve da Menzies são "máximo descaramento"

O SIMA -- Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins considerou hoje que os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral na greve da Menzies, nos aeroportos, são um "descaramento", segundo um comunicado, divulgado pela organização.

Serviços mínimos na greve da Menzies são "máximo descaramento"

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
01/09/2025 19:06 ‧ há 1 dia por Lusa

Economia

SIMA

O Tribunal Arbitral do Conselho Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos, nos aeroportos, para a greve convocada por dois sindicatos que representam trabalhadores da Menzies (antiga Groundforce) entre 03 de setembro e 02 de janeiro.

 

O SIMA veio hoje denunciar "de forma veemente a decisão do Tribunal Arbitral relativamente à greve na SPdH/Menzies", defendendo que o "que foi imposto não são 'serviços mínimos'" e apontando que obriga "a assegurar cerca de 80% da operação normal".

"Chamam-lhe mínimo, mas é máximo descaramento, transformando a greve numa farsa encenada para proteger a empresa e humilhar os trabalhadores", criticou.

O acórdão de sexta-feira, aprovado por unanimidade, determina "a realização de todos os serviços de assistência em escala, para cada um dos dias de greve durante todo o período de greve decretado pelo SIMA e ST aos voos diários realizados pelas companhias aéreas assistidas pela SPdH [designação societária da Menzies Portugal], assegurando-se 100% dos serviços de e para o Continente e Regiões Autónomas e 35% dos restantes destinos".

Destaca ainda "o caráter prolongado da greve no tempo, incidindo sobre quatro meses, ocupando os dias em torno dos fins de semana, o que suscita dificuldades acrescidas pela natureza do transporte aéreo nessa altura da semana e incluindo ainda três períodos de greve com duração superior a seis dias consecutivos, destacando-se os 15 dias consecutivos de greve durante a época do Natal e do Ano Novo".

"Impõe-se fazer uma ponderação de bens, avaliando da relevância da proteção dos direitos e interesses em presença, na certeza de que o legislador constitucional, na delimitação do direito à greve, não configurou este direito fundamental dos trabalhadores como um direito irrestrito, sendo a definição de serviços mínimos uma limitação ao seu exercício", lê-se ainda no documento.

Para o SIMA, esta decisão é "uma agressão política e social, um atentado frontal contra a Constituição da República Portuguesa", considerando ainda que constitui "a antecipação prática da nova lei da greve que o Governo de Luís Montenegro quer impor" e assegurando que "não aceita este escândalo".

A paralisação convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (STA) abrange vários períodos entre as 00:00 dia 03 de setembro (próxima quarta-feira) e as 24:00 do dia 02 de janeiro, num total de 76 dias.

O SIMA anunciou, em agosto, a marcação das novas greves de trabalhadores da empresa responsável pelos serviços de assistência em escala, em períodos alternados entre 03 de setembro e 02 de janeiro de 2026, incluindo fins de semana prolongados e datas de elevado movimento, como o Natal e o Ano Novo.

Este novo pré-aviso do SIMA surge depois das greves realizadas em julho e agosto e da suspensão de paralisações previstas para finais de agosto, na sequência de contactos no Ministério do Trabalho.

A Menzies, por seu lado, garantiu que o cancelamento das últimas greves "não foi o resultado de qualquer acordo, negociação ou concessão", assegurando que a sua posição "se mantém inalterada" e que não houve mudanças aos compromissos assumidos até 2029.

A primeira greve irá realizar-se a partir das 00:00 do dia 03 de setembro até às 24:00 de 09 de setembro, seguindo-se depois nova paralisação de 12 a 15 de setembro, de 19 a 22 de setembro e de 26 a 28 de setembro.

Em outubro, estão agendadas paralisações de 03 a 06, de 10 a 13, de 17 a 20, de 24 a 27 e de 31 a 03 de novembro. Seguir-se-ão mais paragens de 07 a 10 de novembro, de 14 a 17 de novembro, de 21 a 24 de novembro, de 28 a 01 de dezembro, de 05 a 08 de dezembro e de 12 a 15 de dezembro.

A última está prevista de 19 de dezembro a 02 de janeiro de 2026.

Leia Também: Tribunal decreta serviços mínimos para greve dos trabalhadores da Menzies

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