Depois dos recordes fixados na véspera, hoje os índices S&P500 e Dow Jones acabaram em baixa, aquele, o alargado, de 0,64% e este, o seletivo, de 0,20%. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq recuou 1,15%.
"Os investidores concretizaram alguns lucros antes de fim de semana prolongado, mas podem comprar ações na próxima semana", comentou Sam Stovall, da CFRA, em declarações à AFP.
Na segunda-feira, a praça bolsista vai estar encerrada por ser feriado nos EUA.
Hoje, o dia foi pobre em fatores de animação. A inflação nos EUA, aferida pelo índice das despesas pessoais de consumo (PCE, na sigla em Inglês), foi de 2,6% em termos homólogos em julho, "o que não foi uma surpresa" para os investidores, segundo Stovall.
Fora os índices voláteis da energia e alimentação, a subida homóloga dos preços acelerou ligeiramente, dos 2,8% de junho para 2,9% em julho.
Para Stovall, Wall Street aguarda notícias do mercado de trabalho durante a próxima semana, que podem sinalizar o rumo que o banco central, a Reserva Federal (Fed), vai seguir na sua política monetária em função do longo prazo.
O presidente da Fed, Jerome Powell, deu a entender recentemente que estava em vias de mudar a sua apreciação sobre esta política.
Não porque pense que a inflação esteja em vias de estar controlada, mas porque receia que o mercado de trabalho se degrade rapidamente.
A maioria dos analistas antecipa que, na próxima reunião do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), em setembro, seja decidido um corte na taxa de juro de referência para o intervalo entre quatro e 4,25%.
Por outro lado, os investidores vão também acompanhar o conflito aberto por Donald Trump sobre a independência da Fed.
Na sexta-feira, a justiça dos EUA não tinha decidido sobre o destino da governadora da Fed, Lisa Cook, que Trump quer destituir.
Se o conseguir, pode indicar um substituto. Trump quer que a taxa de juro de referência da Fed seja muito mais baixa e pretende ter à frente do banco central pessoas da sua confiança.
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