"O 'stock' de empréstimos para habitação aumentou 986 milhões de euros relativamente a junho, totalizando 106.325 milhões de euros no final de julho. Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a trajetória de aceleração, com um crescimento de 8,1%, o mais elevado desde agosto de 2008", detalha o banco central.
Em julho, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 8,0% face ao mesmo mês de 2024, também a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008, somando 139.133 milhões de euros, mais 1.144 milhões do que em junho.
Já os empréstimos ao consumo e outros fins aumentaram 158 milhões de euros relativamente a junho, para 32.808 milhões de euros, e subiram 7,7% face ao mês homólogo, abaixo do registado no mês anterior (7,9%).
Segundo detalha o BdP, a taxa de variação anual foi de 7,0% nos empréstimos para consumo e de 9,0% nos empréstimos para outros fins.
No final de julho, o 'stock' de crédito pessoal somava perto de 13.050 milhões de euros, mais 73 milhões do que em junho, correspondendo a um crescimento homólogo de 7,2%, idêntico ao do mês anterior.
Já o crédito automóvel totalizou quase 8.816 milhões de euros, mais 72 milhões de euros do que em junho e registando uma taxa de variação anual de 9,9%, enquanto os cartões de crédito atingiram perto de 3.260 milhões de euros, menos 26 milhões em cadeia e uma taxa de variação anual de 7,7%.
Quanto ao 'stock' de crédito a empresas, no final de julho era de 74.246 milhões de euros, mais 113 milhões de euros do que em junho e um crescimento homólogo de 3,5%, representando um "ligeiro abrandamento" em relação ao mês anterior (3,6%).
As microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (12,0%, 2,2% e 0,8% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter uma taxa negativa (-2,6%), refere o BdP.
O crédito ao setor da construção e atividades imobiliárias manteve a aceleração, com a taxa de variação anual a atingir 7,6% (7,1% em junho).
Já no comércio, transportes e alojamento, a taxa de variação anual foi de 1,8%, tendo-se registado comportamentos diferenciados neste agregado: se o crédito ao alojamento e restauração e o crédito ao comércio cresceram em relação ao mês homólogo (2,9% e 3,0%, respetivamente), o crédito ao setor dos transportes e armazenagem diminuiu em termos anuais (-2,9%).
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