O Governo anunciou, esta quarta-feira, que as agendas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram reforçadas em 319 milhões de euros, no âmbito da reprogramação das Agendas Mobilizadoras e das Agendas Verdes.
"A reprogramação das Agendas Mobilizadoras e das Agendas Verdes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está finalizada. O resultado alcançado foi um aumento global de apoios em 319 milhões de euros, aumentando assim a dotação global das Agendas para 3 mil milhões de euros", pode ler-se num comunicado do Ministério da Economia e da Coesão Territorial enviado às redações.
Este processo, explica o Executivo, "conduzido pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação em articulação com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal (EMRP), representa um investimento estratégico transversal a praticamente todos os setores críticos para a competitividade, inovação e soberania tecnológica nacional".
"As áreas setoriais com acréscimos mais expressivos, em linha com as prioridades europeias e nacionais, são a aeronáutica e espaço; as tecnologias de informação e comunicação; e os transportes, mobilidade e logística", pode ler-se na nota divulgada.
Citado na mesma nota, o ministro da Economia e da Coesão Territorial revela que "as agendas mobilizadoras são um excelente veículo para uma aliança entre as empresas e o sistema científico e tecnológico, que permite acelerar a inovação produtiva e a reindustrialização sustentável".
Castro Almeida sublinha ainda que "com esta reprogramação garante-se a execução das agendas, apostando em setores estratégicos que contribuirão para impulsionar o crescimento económico de Portugal".
A mesma nota revela que o "processo de reprogramação abrangeu a análise de 37 pedidos apresentados pelos consórcios promotores e envolveu 1757 entidades distintas. O objetivo foi assegurar a execução eficaz dos investimentos contratualizados e garantir o cumprimento rigoroso dos prazos e metas definidos no PRR".
"Do investimento total de 7,3 mil milhões de euros são elegíveis para os apoios 5,3 mil milhões de euros. O setor da defesa e da aeronáutica destacou-se pelo acréscimo mais significativo de apoios, alinhado com a prioridade europeia e nacional de reforço da autonomia tecnológica e industrial", pode ler-se.
O Governo revela ainda que "todos os restantes setores estratégicos viram os seus apoios reforçados, com exceção da fileira da energia, cuja redução decorreu de uma reavaliação técnica sobre a maturidade das novas tecnologias e de ajustamentos às condições de execução dos projetos, sem prejuízo da sua relevância estratégica".
O Executivo revela ainda que a "reprogramação, agora concluída, reforça o compromisso das entidades envolvidas com a execução do PRR, assegurando que os recursos públicos são aplicados de forma eficiente, e está orientada para resultados concretos na modernização do tecido empresarial, na inovação e no reforço da competitividade da economia portuguesa".
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