Esta semana começou com um aumento dos preços dos combustíveis, que se verificou tanto no caso do gasóleo como no da gasolina, de acordo com os preços médios atualizados, na segunda-feira, pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A gasolina simples 95 que na sexta-feira custava 1,692 euros por litro, custa esta semana 1,697 euros por litro, o que significa mais meio cêntimo.
Já o gasóleo simples passou de 1,537 euros por litro para 1,545 euros por litro no mesmo período, mais 0,8 cêntimos.
As previsões, recorde-se, apontavam para uma subida de meio cêntimo tanto no caso do gasóleo como no da gasolina.
"A próxima semana vai trazer novamente mudanças nos preços dos combustíveis, com as previsões a apontarem para uma subida nos preços do gasóleo e da gasolina. Segundo fontes do setor, tanto o preço do gasóleo como o preço da gasolina deverão aumentar 0,5 cêntimos", disse o ACP.
Isto numa altura em que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o "preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava esta sexta-feira (22 de agosto) 1,537 euros, enquanto preço médio do litro de gasolina totalizava 1,691 euros".
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá crescer para os 1,542 euros por litro (€/l). Já o preço médio da gasolina simples 95 avança para os 1,696 €/l", pode ler-se.
Estas previsões, adianta o ACP, "são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços. As medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA".
Gráfico: O que aconteceu aos combustíveis esta semana
Evolução dos preços dos combustíveis© Reprodução do site da DGEG
Como está o Brent?
A cotação do barril de Brent para entrega em outubro terminou na segunda-feira no mercado de futuros de Londres a crescer 1,51%, para os 68,75 dólares, valor que não atingia desde 6 de agosto.
Ocrude do Mar do Norte, de referência na Europa, registou a quarta sessão consecutiva no Intercontinental Exchange em alta, ao fechar a cotar 1,02 dólares acima dos 67,73 com que encerrou as transações na sexta-feira.
Nas últimas quatro sessões, o Brent valorizou 4,5%, precisamente as que se seguiram à cimeira entre os Presidentes dos EUA e da Rússia.
O analista de mercado Javier Cabrera entende que a intensificação dos ataques russos à Ucrânia ajuda a que os preços do petróleo não caiam.
Na segunda-feira soube-se que as exportações petrolíferas sauditas baixaram 15,8% em termos homólogos no segundo trimestre, quase o dobro do ocorrido no primeiro (8,4%), enquanto as outras subiram 17,8%, num total de 62,43 mil milhões de dólares (53,8 mil milhões de euros).
A Autoridade Geral de Estatísticas saudita realçou que a China continua a ser o principal parceiro comercial, com 14,2% do seu comércio externo, seguida pelos Emirados Árabes Unidos (10%) e Índia (8,8%). A lista dos 10 principais parceiros inclui ainda Coreia do Sul, Japão, Egito, EUA, Barém, Malta e Polónia.
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