O passaporte português voltou a destacar-se como um dos cinco mais valiosos do mundo este ano, ocupando a 4.ª posição. Este lugar é partilhado com os passaportes da Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega e Suécia.
Estes são os dados mais recentes do Henley Passport Index (HPI), que colocam o passaporte de Singapura a encabeçar a lista.
O passaporte português, refira-se, permite viajar 188 locais, sem necessidade de visto, segundo o ranking agora conhecido. O de Singapura permite viajar para 193 sítios.
Aqui ao lado, a vizinha Espanha ocupa o terceiro lugar no ranking, sendo que o documento espanhol permite que os passageiros entrem livremente em 189 destinos - mais um do que o português.
Explore the latest Henley Passport Index, the original, authoritative ranking of all the world’s passports according to the number of destinations their holders can access without a prior visa.https://t.co/TAXk5eXOrx pic.twitter.com/i3xWCasuUp
— Henley & Partners (@HenleyPartners) July 22, 2025
O ranking Henley Passport Index baseia-se em "dados exclusivos" da Autoridade Internacional de Transporte Aéreo (IATA), se acordo com a informação disponibilizada no site.
"O índice inclui 199 passaportes e 227 destinos de viagem diferentes. Atualizado mensalmente, o Henley Passport Index é considerado uma ferramenta de referência", pode ler-se.
Sindicato avisa que persistem falhas que afetam emissão de passaportes
Estes dados são conhecidos poucos dias depois de o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN) ter alertado que persistem os constrangimentos informáticos que, em período de férias, estão a afetar a emissão de documentos urgentes, como o Passaporte Eletrónico Português (PEP).
ecorridos vários dias desde a denúncia pública do STRN relativamente aos constrangimentos nas aplicações informáticas ao serviço dos registos, a situação não só persiste como se tem vindo a agravar", garante, em comunicado, o sindicato, criticando a tutela por, "até ao momento", não ter dado qualquer resposta ou esclarecimento.
O comunicado surge uma semana depois de o STRN ter denunciado que "conservatórias como as de Arruda dos Vinhos e das Caldas da Rainha reportaram falhas críticas no funcionamento do sistema", um reflexo de "uma realidade transversal ao território nacional".
O sindicato presidido por Arménio Maximino insiste que as "falhas tecnológicas", que "afetam gravemente a emissão de documentos urgentes, como o PEP", são ainda mais acentuadas "durante este período crítico de férias", devido à "maior procura" e à "escassez de recursos humanos".
O STRN reitera, por isso, o apelo ao Governo para que sejam tomadas "medidas urgentes para resolver, de forma definitiva, os problemas informáticos", que, alega o sindicato, se registam há semanas.
A Lusa contactou o Ministério da Justiça, que remeteu para o Instituto dos Registos e do Notariado, e aguarda resposta.
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