As taxas de referência do banco central norte-americano permaneceram assim no intervalo de 4,25%-4,5%, numa decisão que não foi unânime, tendo havido dois votos contra.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, tem vindo a exigir que a Fed reduza as taxas de juro, classificando o presidente da reserva, Jerome Powell, como "perdedor" ou "teimoso".
No comunicado, publicado depois da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), a Fed disse que "os indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade económica foi moderado no primeiro semestre do ano".
De acordo com a entidade liderada por Jerome Powell, "a taxa de desemprego continua baixa e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas", sendo que a inflação se mantém "ligeiramente elevada".
Para a Fed, a "incerteza sobre as perspetivas económicas continua elevada".
O Comité irá avaliar "cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspetivas e o equilíbrio dos riscos", comprometendo-se a "ajustar a orientação da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir" os seus objetivos.
No comunicado, a Fed indicou que as avaliações do Comité "terão em conta um vasto leque de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, as pressões inflacionistas e as expectativas de inflação, bem como a evolução financeira e internacional".
Votaram a favor desta ação de política monetária o presidente Jerome Powell, John C. Williams, vice-presidente, Michael S. Barr, Susan M. Collins, Lisa D. Cook, Austan D. Goolsbee, Philip N. Jefferson, Alberto G. Musalem e Jeffrey R. Schmid.
Votaram contra Michelle W. Bowman e Christopher J. Waller, sendo que estes dois membros preferiram reduzir as taxas. Adriana D. Kugle esteve ausente e não votou, lê-se no comunicado.
Trump acusou, na semana passada, Powell de agir contra a economia norte-americana, defendendo um corte de três pontos percentuais nas taxas de juro.
O mandato de Powell à frente da Fed termina em maio de 2026 e este tem vindo a demonstrar vontade de o cumprir integralmente, mesmo após as ameaças de despedimento por parte de Trump.
[Notícia atualizada às 19h36]
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