No comunicado com os resultados semestrais apresentados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo português refere que o resultado líquido total foi de 139 milhões de euros, sendo o resultado líquido atribuível aos acionistas de 102 milhões.
O volume de negócios, que totalizou 4.267 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, passou para 5.253 milhões no primeiro semestre deste ano, atingindo entre janeiro e junho um valor "recorde", refere a empresa em comunicado à imprensa.
O crescimento de 23% na faturação, diz a empresa, "traduz a expansão orgânica" da multinacional a nível internacional, ganhos de quota nos negócios e a "consolidação de novas empresas" do grupo.
No segundo trimestre (de abril a junho), o resultado líquido foi de 59 milhões de euros, tendo crescido igualmente 23% em relação ao período homólogo.
A empresa explica a subida com uma "melhoria no desempenho operacional das empresas do portefólio" e com "um resultado indireto favorável, principalmente relacionado com a valorização dos centros comerciais" da Sonae Sierra, a empresa que explora o Colombo e o Vasco da Gama em Lisboa, o NorteShopping, bem como outros centros comerciais em Portugal e no estrangeiro.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) do grupo cresceu 28%, para 525 milhões de euros no primeiro semestre.
A Sonae afirma que o crescimento resulta "em particular" da contribuição da Sonae MC, o ramo alimentar do grupo, onde estão os hipermercados Continente, os supermercados Continente Modelo e Continente Bom Dia, bem como o Continente 'online' e a rede Meu Super (lojas exploradas em formato de franquia).
O grupo liderado por Cláudia Azevedo refere no comunicado que "no retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, a MC registou um forte crescimento do volume de negócios de 25% para 4,1 mil milhões de euros no primeiro semestre".
Especificamente no segundo trimestre, diz a empresa, "o Continente voltou a superar o mercado e a reforçar a sua posição como líder no mercado de retalho alimentar em Portugal", tendo as vendas sido "impulsionadas por um aumento significativo de volumes, favorecido pelo efeito de calendário da Páscoa".
No ramo das vendas de eletrónica, 'marketplace' e serviços, a Worten "registou um volume de negócios de 636 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, crescendo 7% em termos homólogos".
Entre abril e junho, ganhou quota de mercado pelo desempenho nas vendas digitais. "O canal 'online' manteve-se um motor de crescimento relevante, representando 19% do volume de negócios total no trimestre", refere a empresa.
Nas telecomunicações, onde a Sonae está presente através de uma posição de 37,37% na NOS, o volume de negócios consolidado da operadora foi de 458 milhões de euros no segundo trimestre, apoiado num crescimento do segmento empresarial.
"Nas contas consolidadas da Sonae, os resultados da NOS pelo método de equivalência patrimonial ascenderam a 20,3MEuro no segundo trimestre de 2025", refere a empresa.
A Sonae é controlada em 53,05% do capital pela Efanor (detida pela família Azevedo, do fundador Belmiro de Azevedo). A própria Sonae detém uma posição de 2,76% (em ações próprias), a Criteria Caixa (grupo espanhol La Caixa) é acionista com uma participação de 5%, estando 39,19% do capital nas mãos de outros acionistas (a empresa está cotada na Bolsa de Lisboa).
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