No final de junho -- mês em que os empréstimos para habitação mantiveram a trajetória de aceleração que veem registando - o 'stock' destes créditos somava mais 1.525 milhões de euros do que em maio.
Considerando o montante total de empréstimos a particulares, este cresceu 7,4% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior, também a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008, somando 138.974 milhões de euros, mais 1.760 milhões do que em maio.
Os empréstimos ao consumo e outros fins aumentaram 235 milhões de euros relativamente a maio, para 32.652 milhões de euros, e subiram 7,9% face ao período homólogo, a um ritmo superior ao mês anterior (7,6%).
Segundo detalha o BdP, a taxa de variação anual foi de 7,4% nos empréstimos para consumo e de 8,6% nos empréstimos para outros fins.
No final de junho, o 'stock' de crédito pessoal somava 12.986 milhões de euros, mais 70 milhões do que em maio, correspondendo a um crescimento homólogo de 7,3%, idêntico ao do mês anterior.
Já o crédito automóvel totalizou 8.745 milhões de euros, mais 68 milhões de euros do que em maio e registando uma taxa de variação anual de 10,1%, igualmente idêntica à do mês anterior, enquanto os cartões de crédito atingiram perto de 3.288 milhões de euros, mais 52 milhões e uma taxa de variação anual de 9,0% (7,5% em maio).
Quanto ao 'stock' de crédito a empresas, no final de junho era de 73.160 milhões de euros, mais 1.082 milhões de euros do que em maio e um crescimento homólogo de 3,6%, "o mais elevado desde janeiro de 2022 e, pelo segundo mês consecutivo, acima da média da área do euro".
As microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (12,7%, 2% e 1% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter uma taxa negativa (-2,1%), refere o BdP.
O crédito acelerou no setor das indústrias e eletricidade, que passou a apresentar uma taxa de variação anual positiva em junho (1,5%), e da construção e atividades imobiliárias, cuja taxa de variação anual passou de 6,3% (em maio) para 7,1%.
No comércio, transportes e alojamento, a taxa de variação anual foi de 1,8% (1,9% em maio).
O banco central detalha que, neste agregado, se registaram comportamentos diferenciados: o crédito ao alojamento e restauração cresceu 3,3% em relação ao mês homólogo (2,7% em maio), enquanto o crédito ao setor dos transportes e armazenagem diminuiu em termos anuais (-2,9%).
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