Em declarações hoje ao The Times, Bailey admitiu que há sinais de que as empresas estão a "restringir o emprego", depois de o Governo ter decidido aumentar as contribuições dos empregadores para a segurança social.
A ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, aumentou a contribuição para a segurança social, em abril passado, de 13,8% para 15%, com o objetivo de gerar mais cerca de 25.000 milhões de libras (28.750 milhões de euros) por ano.
"Penso que a tendência é para a baixa" das taxas de juro, que serão revistas na próxima reunião do comité de política monetária do banco central britânico, em 07 de agosto.
"Mas continuamos a usar as palavras 'gradual e cuidadoso' porque... algumas pessoas dizem-me: 'Porque estão a cortar quando a inflação está acima do objetivo?'", acrescentou.
A inflação homóloga no Reino Unido situa-se atualmente em 3,4%, acima do objetivo do banco central de 2%.
O governador sublinhou que o aumento das contribuições para a segurança social teve um grande impacto na redução da mão-de-obra.
Acrescentou que as empresas estão a "ajustar o emprego e os horários, e também com aumentos salariais possivelmente mais baixos do que teriam sido na ausência da alteração das contribuições para a segurança social".
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