"Este Governo tem concordado com os anteriores (...), não há aqui diferenças objetivas entre aquilo que foi o comportamento do Partido Socialista e este agora do Partido Social Democrata e do CDS", disse o sindicalista em declarações à Lusa à margem da greve dos trabalhadores do ISS.
"Quando era oposição criticava muito, agora que já vai no segundo mandato, continua sem resolver problema nenhum", acrescentou.
Hoje concentraram-se cerca de uma centena de trabalhadores em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no dia em que se concretiza uma greve geral com "adesão superior a 90%", de acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Joaquim Ribeiro.
O Sindicato fala numa situação de "irregularidade" em que os trabalhadores foram inicialmente contratados através de empresas de trabalho temporário e passaram a exercer "funções permanentes do ISS".
Aquando da aprovação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), estes trabalhadores passaram a integrar o ISS ao abrigo deste, porém sem contratos vinculativos.
O sindicato acusa agora o Governo de usar as verbas do PRR para prolongar a precariedade destes trabalhadores, ao que estes exigem a regularização da situação.
Em declarações à Lusa, Miguel Ginja, trabalhador da distrital do Porto, disse estar em situação precária desde 2022, tendo entrado inicialmente para o ISS através de uma empresa de trabalho temporário.
Na mesma linha, o também trabalhador André Antunes, presente na concentração, admite estar na mesma situação desde 2019 ao que apelou para que a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma, tenha "sensibilidade" para com a situação dos trabalhadores.
No mesmo registo encontra-se Carla Lopes que diz trabalhar desde 2019 em situação incerta.
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