Em comunicado hoje divulgado, o Conselho da União Europeia aponta que três ministros apresentaram a sua candidatura para se tornarem presidente do Eurogrupo, sendo eles o ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo; o ministro das Finanças da Lituânia, Rimantas Sadzius; e o atual líder e ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe.
Como a Lusa já havia noticiado, o Governo português vai apoiar o ministro irlandês das Finanças, Paschal Donohoe, na sua recandidatura à liderança do Eurogrupo, cargo que ocupa desde 2020, contra os restantes candidatos de Espanha ou da Lituânia.
Perante tal apoio português à Irlanda, quebra-se um compromisso informal entre Portugal e Espanha de apoio mútuo para altos cargos na UE.
De acordo com o Conselho (que junta os Estados-membros da União Europeia), a eleição do novo presidente terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, marcada para 7 de julho, e acontecerá por maioria simples dos ministros do Eurogrupo (11 dos 20 votos).
O vencedor será anunciado aos ministros no final da votação.
O Eurogrupo é o organismo informal que junta os ministros da área do euro para debater assuntos relacionados com a moeda única.
Depois de eleito, o presidente é responsável por presidir às reuniões do Eurogrupo e estabelecer as ordens do dia dessas reuniões, elaborar o programa de trabalho a longo prazo e representar o Eurogrupo nas instâncias internacionais.
Desde julho de 2020 que o cargo é ocupado pelo ministro irlandês da tutela, Paschal Donohoe.
Foi reeleito em dezembro de 2022.
Paschal Donohoe sucedeu no cargo ao antigo ministro das Finanças português e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que foi presidente do Eurogrupo entre janeiro de 2018 e julho de 2020.
O Eurogrupo foi criado em 1997.
Qualquer ministro em funções com responsabilidade pelas finanças de um Estado-membro da zona euro pode ser eleito presidente do Eurogrupo.
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