Em comunicado a empresa explica que a única alteração a registar consiste na circulação de comboios simples (composição de quatro carruagens) em todos os horários ao longo do dia.
Na noite de hoje as mudanças são ligeiras, com os últimos comboios a partirem de Roma/Areeiro às 00h53 (até Setúbal) e 01h23 (até Coina). Em dias feriados, os últimos comboios costumam sair às 23h33 e às 00h43, respetivamente.
Lisboa celebra a 13 de junho o feriado de Santo António com festejos marcados para a noite de hoje com perturbações nos transportes da cidade devido à greve de 24 horas da Carris e ao plenário noturno do Metro.
Contudo, numa resposta à suspensão no serviço anunciada pelo Metropolitano de Lisboa a partir das 20h00, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou algumas alternativas para "mitigar os impactos" da paralisação do metro.
Em nota de imprensa, a autarquia informou que a CP -- Comboios de Portugal disponibilizará, durante a madrugada (período em que geralmente interrompe a circulação) um comboio por hora na Linha de Cascais e um comboio a cada 30 minutos na Linha de Sintra.
Assim, partirão do Cais do Sodré comboios com destino a Cascais às 02h30, 03h30 e 04h30; e do Rossio, com destino a Sintra, às 01h30, 02h00, 02h30, 03h00, 03h30, 04h00, 04h30, 05h00 e 05h30.
A Linha da Azambuja será também reforçada com dois comboios durante a noite, às 01h30 e às 03h30, a partir de Santa Apolónia.
Os 14 comboios especiais representam 21 mil lugares extra face à oferta regular, segundo nota de imprensa da CP.
O serviço de transporte fluvial será reforçado, a partir do Terreiro do Paço, com barcos a saírem para Montijo/Seixal e Barreiro às 02h00 e às 05h00.
Entre as outras soluções apontadas, a autarquia refere ainda que haverá mais estações de tomada e largada de passageiros dos serviços de táxi e TVDE nas zonas de Martim Moniz, Praça da Alegria e Marquês de Pombal.
Já antes, em declarações à Lusa, o presidente da CML, Carlos Moedas, tinha anunciado que a utilização dos autocarros da Carris será gratuita a partir das 18h00 de hoje e até as 08h00 da manhã de sexta-feira.
A CML recomenda a munícipes e visitantes que utilizem transportes públicos alternativos e se desloquem "a pé sempre que possível, especialmente para quem se dirige para as zonas mais centrais da cidade".
Carlos Moedas considerou "inaceitável" que a CML tenha sido avisada da paralisação [devido à realização de um plenário de trabalhadores] do Metropolitano de Lisboa apenas na quarta-feira à noite.
A antecedência do aviso não possibilita a programação de "serviços mínimos" e vai prejudicar os lisboetas "na noite mais importante da cidade", reagiu, considerando a paralisação "inédita e inusitada".
"Isto não faz qualquer sentido e sobretudo num dia tão importante para Lisboa. São os lisboetas que estão a ser prejudicados por decisões e motivações políticas [e] estamos a prejudicar toda uma cidade. Acho que é inaceitável. Isto ultrapassa tudo", lamentou.
Apesar do apelo da empresa que gere o metropolitano de Lisboa para o reagendamento do plenário de hoje, os trabalhadores vão manter a realização do plenário a partir das 20h00.
"Não é uma ideia inédita nem inusitada. Fazemos muitas vezes plenários à noite e, quanto ao facto de dizerem que nesta altura não existe matéria de negociação que leve a esta questão, lembro que há um conjunto de 14 questões que, a serem acatadas, teriam desbloqueado este plenário", disse à Lusa Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
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