Bolsas europeias em baixa pendentes da inflação da zona euro de maio

As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa, à espera da inflação de maio da zona euro, que deverá confirmar o processo desinflacionista fundamental para que o BCE volte a baixar as taxas de juro na quinta-feira.

Principais bolsas europeias abrem com ligeira subida

© Reuters

Lusa
03/06/2025 09:38 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Mercados

Cerca das 09:10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,23% para 546,64 pontos.

 

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 0,08%, 0,29% e 0,17%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 0,47% e 0,50%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:10 o principal índice, o PSI, subia 0,13% para 7.345,28 pontos, um novo máximo desde junho de 2014.

Os mercados estão pendentes da inflação da zona euro, num contexto de intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China e a apenas um dia da entrada em vigor do aumento das tarifas de 25% para 50% aplicadas às importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos.

O Eurostat publicará hoje a leitura final do IPC para maio na zona euro, que deverá confirmar que o processo desinflacionista continua na região, o que leva a acreditar que o BCE na próxima quinta-feira baixe a sua taxa de juro de referência em 25 pontos base para 2%.

A guerra comercial entre a China e os EUA continua a centrar a atenção dos investidores, depois de Pequim ter rejeitado as acusações de Washington de uma alegada violação do acordo alcançado em maio para reduzir temporariamente as tarifas bilaterais.

Hoje, a OCDE reduziu as previsões para a economia mundial em quatro décimas de ponto percentual, tanto para este ano como para o próximo, devido à guerra comercial desencadeada desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, um fator que afetará principalmente os Estados Unidos e os seus vizinhos México e Canadá.

O recrudescimento da guerra comercial continua a enfraquecer o dólar, e o euro, embora tenha caído hoje, permanece acima de 1,14 dólares.

O euro estava a recuar para 1,1431 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1419 dólares na segunda-feira e 1,1509 dólares em 21 de abril, um novo máximo desde 12 de novembro de 2021.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 0,05%, enquanto o índice de referência da Bolsa de Xangai ganhou 0,43% e o de Shenzhen subiu 0,16%.

A atividade da indústria transformadora chinesa registou em maio a primeira contração em oito meses, devido ao impacto da guerra comercial com os Estados Unidos, segundo o Índice de Gestores de Compras (PMI, indicador de referência do setor) divulgado hoje pelo jornal digital privado Caixin.

A bolsa em Wall Street fechou a 'verde' na segunda-feira.

O Dow Jones terminou a subir 0,08% para 42.305,48 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a avançar 0,67% para 19.242,61 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, desciam para 2,496%, contra 2,523% na sessão anterior.

Por sua vez, o ouro por onça troy, um ativo de refúgio, estava a descer para 3.358,63 dólares, contra 3.371,93 dólares na segunda-feira e o atual máximo histórico, de 3.414,65 dólares, verificado em 21 de abril.

O preço do petróleo Brent para entrega em agosto, a referência na Europa, subia para 64,86 dólares por barril, contra 64,63 dólares na segunda-feira.

Leia Também: Bolsas europeias abrem mistas pendentes das tarifas e da reunião do BCE

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